Governo anuncia decisão sobre o 13º salário no Bolsa Família em 2025. Saiba os motivos e como ficam os benefícios neste ano.
O Bolsa Família, programa que atende milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, está novamente no centro de discussões sobre a possibilidade de um 13º salário em 2025.
De maneira geral, o tema tem gerado expectativas desde que o benefício extra foi pago de forma extraordinária em 2019.
Recentemente, novos desdobramentos sobre a questão foram divulgados, esclarecendo as perspectivas para este ano.
Histórico e discussões sobre o 13º salário no Bolsa Família
A ideia de um 13º salário no programa não é nova. Em 2019, o pagamento foi realizado de maneira excepcional, mas nunca chegou a ser formalizado como uma medida permanente.
Desde então, várias propostas surgiram no Congresso Nacional, buscando incluir a parcela extra de forma fixa no orçamento.
Entre os projetos mais recentes, está o apresentado pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), que defendia a continuidade do chamado “abono natalino”.
Apesar do apoio inicial, o projeto enfrentou resistência dentro do governo e foi oficialmente retirado da pauta em outubro de 2023.
Segundo o senador, os custos estimados para implementar o 13º salário aumentaram significativamente ao longo dos anos, tornando o benefício inviável do ponto de vista orçamentário.
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Justificativas para a retirada da proposta
No início, quando o pagamento foi feito em 2019, o custo estimado do 13º salário era de cerca de R$ 2 bilhões.
Com a ampliação do programa, que atualmente atende mais de 20,8 milhões de famílias, o valor necessário ultrapassaria os R$ 14 bilhões. Esse aumento, segundo Barbalho, traria um impacto negativo para os cofres públicos.
Além disso, o governo federal apontou a falta de uma fonte de financiamento viável como um dos principais motivos para o arquivamento da proposta.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que, embora o 13º salário fosse uma ideia bem-vinda, não havia como sustentar a medida sem comprometer o equilíbrio fiscal. Ele destacou: “Não dá para fazer uma escalada desse tipo sem uma compensação financeira clara”.
Foco na manutenção do equilíbrio fiscal
A decisão de não implementar o 13º salário no Bolsa Família está alinhada com os esforços do governo para manter o equilíbrio fiscal e reduzir o déficit público.
Nesse contexto, propostas que envolvem altos custos e não possuem previsão de receita foram descartadas.
Segundo as autoridades, a inclusão de um pagamento extra no programa poderia desestabilizar as contas públicas, tornando inviável sua execução.
Benefícios mantidos no Bolsa Família
Embora o 13º salário não seja uma realidade em 2025, o Bolsa Família segue com seus benefícios regulares, que atendem diferentes necessidades das famílias cadastradas. Atualmente, o programa é composto por seis benefícios principais:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família.
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional que garante o mínimo de R$ 600 por família.
- Benefício Primeira Infância (BPI): extra de R$ 150 por criança de até sete anos incompletos.
- Benefício Variável Familiar (BVF): adicional de R$ 50 para gestantes e crianças/adolescentes entre 7 e 18 anos incompletos.
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): extra de R$ 50 para cada integrante com até sete meses incompletos.
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): garantia de que nenhum beneficiário receba menos do que no programa anterior (Auxílio Brasil), válido até maio de 2025.
