Deficiências leves ainda dão direito ao BPC? Veja quais CID podem solicitar!
A polêmica do BPC se concentrou, recentemente, na possibilidade de deficiências leves ficarem de fora dos pagamentos mensais.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um dos principais programas assistenciais do Brasil, destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Idosos acima de 65 anos e indivíduos com deficiência, independentemente da gravidade, têm direito ao benefício desde que atendam aos critérios estabelecidos. A condição financeira é determinante, exigindo uma renda per capita familiar entre 25% e 50% do salário mínimo.
Além disso, cada beneficiário recebe o valor equivalente a um salário mínimo, atualmente fixado em 1518 reais, como forma de garantir sua subsistência. Portanto, compreender essas regras é fundamental para acessar o programa.
Deficiências leves ainda têm direito ao BPC?
O BPC continua contemplando pessoas com qualquer tipo de deficiência, incluindo aquelas classificadas como leves. Essa abrangência reafirma o compromisso do programa com a inclusão social e a garantia de direitos.
Apesar das dúvidas geradas por informações incorretas, a limitação do benefício apenas para deficiências médias ou graves foi vetada. Assim, pessoas com condições leves seguem elegíveis, desde que preencham os requisitos financeiros e legais estabelecidos.
A ampliação do acesso ao BPC para deficiências leves reforça o reconhecimento da diversidade de situações enfrentadas por beneficiários. Mesmo condições aparentemente menos graves podem gerar dificuldades significativas no dia a dia, impactando diretamente a capacidade de inserção social e profissional. Por isso, manter essa cobertura é essencial para proteger a dignidade de quem precisa.
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O que são consideradas deficiências leves?
As deficiências leves englobam condições que apresentam impacto moderado na funcionalidade do indivíduo. Elas podem incluir dificuldades sensoriais, como baixa visão, limitações auditivas leves ou comprometimentos motores de menor intensidade. Embora essas condições não sejam severas, elas ainda podem restringir a participação plena em atividades cotidianas, justificando o direito ao benefício.
Além disso, o diagnóstico médico é determinante para classificar uma deficiência como leve. Ele avalia a extensão do impacto na autonomia e na qualidade de vida do indivíduo, considerando fatores como idade, contexto socioeconômico e acesso a recursos. Dessa forma, o BPC assegura apoio para quem enfrenta barreiras, mesmo que sutis, em sua rotina.
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Quais os CID de deficiências leves?
As deficiências leves são identificadas por meio de Classificações Internacionais de Doenças (CID) específicas, que permitem ao sistema de saúde e assistência social registrar adequadamente as condições dos beneficiários.
Esses códigos incluem, entre outros, CID relacionados a deficiências auditivas parciais, comprometimentos visuais leves e limitações motoras de menor intensidade. O uso correto do CID é essencial para validar a elegibilidade ao benefício. Alguns deles são:
- H54.1: Baixa visão em ambos os olhos.
- H90.3: Perda auditiva neurossensorial bilateral de grau leve.
- M24.2: Instabilidade articular leve, que pode comprometer movimentos específicos.
- Q90.0: Síndrome de Down leve, com comprometimento funcional discreto.
- F70: Retardo mental leve, com capacidade limitada, mas funcional, de aprendizado.
- G40.1: Epilepsia focal, com crises controladas, mas ainda impactando o cotidiano.
- M15.9: Artrose de localização não especificada, com impacto moderado na mobilidade.
Os profissionais responsáveis pelo diagnóstico, como médicos e assistentes sociais, analisam detalhadamente cada caso para enquadrar a condição em um CID relevante. Isso assegura que os critérios sejam atendidos de forma justa e padronizada, evitando injustiças ou exclusões indevidas.
Como solicitar o BPC nessas condições?
O processo de solicitação do BPC segue etapas claras e organizadas. Confira o passo a passo:
- Inscrição no CadÚnico: Dirija-se ao CRAS mais próximo e registre sua família no Cadastro Único.
- Consulta médica: Obtenha um laudo médico detalhado que descreva a deficiência e inclua o CID correspondente.
- Agendamento no INSS: Ligue para o número 135 ou acesse o site do INSS para marcar o atendimento.
- Comparecimento ao INSS: Leve toda a documentação necessária, incluindo laudos, comprovantes de renda e identidade.
- Avaliação social: Participe de uma análise socioeconômica realizada por assistentes sociais para confirmar a elegibilidade.
- Biometria: Realize o cadastro biométrico a cada dois anos, exceto em casos de dificuldades de locomoção ou áreas de difícil acesso.
- Acompanhamento do processo: Monitore o status do pedido no portal do INSS ou por meio do telefone oficial.
Seguindo essas etapas, o requerente garante que todos os critérios sejam atendidos, possibilitando o acesso ao BPC de forma eficiente e segura.
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