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Ainda dá tempo de se inscrever no Pé-de-Meia em janeiro? Veja critérios, procedimento e mais!

O Pé-de-Meia já começou os pagamentos de benefícios, mas continua aceitando novos estudantes na sua folha de pagamentos.

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro voltado para estudantes do ensino médio público e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Seu objetivo principal é garantir a permanência dos alunos na escola, reduzindo a evasão escolar e promovendo a conclusão dessa etapa de ensino.

Com um modelo de poupança educacional, o programa oferece pagamentos condicionados à frequência escolar, matrícula e participação em avaliações importantes, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Além de beneficiar diretamente os estudantes, o Pé-de-Meia busca combater a desigualdade social e incentivar a mobilidade educacional, garantindo que jovens de baixa renda tenham melhores oportunidades no futuro.

O Pé-de-Meia se consolidou como um dos principais benefícios do país. Confira.
O Pé-de-Meia se consolidou como um dos principais benefícios do país. Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quais os critérios de inscrição no Pé-de-Meia?

O Pé-de-Meia atende exclusivamente estudantes que pertencem a famílias de baixa renda e estão regularmente matriculados na rede pública de ensino. Para garantir que os recursos sejam direcionados a quem realmente precisa, o programa exige que os beneficiários atendam a requisitos específicos.

O primeiro critério é a idade, que deve estar entre 14 e 24 anos. Essa faixa etária engloba alunos do ensino médio tradicional e aqueles que frequentam a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando o alcance do benefício.

Além da idade, é necessário que o estudante esteja matriculado regularmente em uma escola pública, seja estadual, federal, municipal ou distrital. A comprovação da matrícula e da frequência escolar é fundamental para garantir o pagamento dos incentivos, pois o objetivo do programa é estimular a continuidade nos estudos.

Outro requisito essencial é a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou a participação no Bolsa Família. Essa exigência permite que o governo identifique as famílias em situação de vulnerabilidade e assegure que os recursos do Pé-de-Meia sejam destinados aos estudantes que realmente necessitam do apoio financeiro.

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Como funciona a inscrição no programa?

O Pé-de-Meia não exige inscrição manual, pois utiliza os dados do sistema educacional e do CadÚnico para selecionar automaticamente os beneficiários. Dessa forma, os estudantes que atendem aos critérios do programa são incluídos de maneira automática, sem a necessidade de envio de documentos ou preenchimento de formulários.

Para garantir o recebimento dos incentivos, basta que o aluno tenha um CPF válido e mantenha sua matrícula regularizada na escola pública.

A seleção dos estudantes ocorre com base nas informações fornecidas pelas redes de ensino ao Ministério da Educação (MEC). Cada escola é responsável por enviar os dados atualizados dos alunos, garantindo que apenas aqueles que cumprem os requisitos recebam os valores.

Após a confirmação da elegibilidade, a Caixa Econômica Federal realiza a abertura automática das contas, onde os pagamentos são depositados. O estudante pode consultar os valores disponíveis e acompanhar o status dos repasses pelo aplicativo Jornada do Estudante.

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Quais os valores dos benefícios?

O Pé-de-Meia oferece diferentes incentivos financeiros, que variam conforme o desempenho e a participação do estudante. Os valores são organizados da seguinte forma:

  • Incentivo-Matrícula: R$ 200 por ano, pagos no início do período letivo
  • Incentivo-Frequência: R$ 1.800 por ano, distribuídos em nove parcelas de R$ 200
  • Incentivo-Conclusão: R$ 1.000 por ano, liberados ao final do ensino médio
  • Incentivo-Enem: R$ 200 para quem realizar o exame

Ao longo dos três anos do ensino médio, o estudante pode acumular até R$ 9.200, considerando todos os benefícios disponíveis. No caso da EJA, o valor do incentivo mensal é de R$ 225 para frequência escolar, além do pagamento de R$ 200 pela matrícula.

Os valores recebidos mensalmente podem ser sacados a qualquer momento, enquanto os depósitos de conclusão ficam retidos até a formatura, funcionando como uma poupança educacional.

Pé-de-Meia está ameaçado após cortes do TCU?

Em 2025, o Pé-de-Meia enfrenta incertezas devido ao bloqueio de R$ 6 bilhões determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Essa decisão ocorreu após o Ministério Público junto ao TCU apontar irregularidades no financiamento do programa.

A principal justificativa do tribunal foi a ausência dos recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA), ainda não aprovada pelo Congresso Nacional. Como consequência, os valores foram congelados até que a situação seja regularizada, comprometendo diretamente os pagamentos aos estudantes.

O bloqueio dos recursos afeta o Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), que administra os valores pagos pelo Pé-de-Meia. Atualmente, restam apenas R$ 762,7 milhões no fundo, o que garante os repasses apenas até dezembro de 2024. Caso o impasse orçamentário não seja resolvido rapidamente, cerca de 3 milhões de alunos podem ficar sem os incentivos financeiros.

A Advocacia-Geral da União (AGU) já busca soluções para garantir a continuidade do programa, mas a liberação dos recursos depende da aprovação do orçamento pelo Congresso. Enquanto isso, os estudantes aguardam definições sobre os pagamentos futuros, temendo que a interrupção do Pé-de-Meia prejudique sua permanência na escola.

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