Mais da METADE de beneficiários ficam sem auxílio-doença: entenda a motivação do corte
O auxílio-doença passou por uma revisão que causou o corte de 52% dos benefícios concedidos aos brasileiros nos últimos tempos.
O auxílio-doença é um benefício do INSS concedido a segurados que ficam temporariamente incapazes de trabalhar devido a doenças ou acidentes.
Para ter direito ao pagamento, o trabalhador deve cumprir um período mínimo de contribuição e passar por uma perícia médica que comprove a incapacidade. O valor do benefício é calculado com base na média salarial do segurado, garantindo uma renda enquanto ele não pode exercer suas atividades.
No entanto, esse auxílio não é vitalício, pois exige reavaliações periódicas. Nos últimos anos, o governo intensificou a fiscalização, realizando pente-finos para evitar fraudes e pagamentos indevidos.

Pente-fino do INSS corta 52% de concessões do auxílio-doença
O INSS revisou milhares de benefícios em 2024 e cortou 52% dos auxílios-doença analisados. Esse pente-fino resultou em uma economia de R$ 2,4 bilhões para os cofres públicos. A medida busca garantir que apenas segurados realmente incapazes continuem recebendo o benefício.
Segundo o governo, muitos auxílios estavam ativos há anos sem reavaliação médica. O Ministério da Previdência Social afirmou que essas revisões continuarão sendo aplicadas para assegurar que os recursos da Previdência sejam usados corretamente.
Além disso, especialistas sugerem que o pente-fino seja ampliado para outros benefícios, como aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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O que é analisado no pente-fino?
Durante o pente-fino, o INSS avalia a condição de saúde dos beneficiários para verificar se ainda há incapacidade para o trabalho. Os segurados convocados precisam passar por uma nova perícia médica e apresentar exames, laudos e atestados atualizados.
Caso a perícia conclua que o trabalhador já pode retomar suas atividades, o benefício é suspenso imediatamente. Além da análise médica, o INSS também cruza dados com outras bases do governo para identificar irregularidades.
Se um segurado estiver empregado ou recebendo outro benefício incompatível, pode perder o auxílio. Essa fiscalização mais rigorosa busca reduzir fraudes e evitar pagamentos indevidos.
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O que fazer se perder o auxílio-doença?
Caso o INSS corte o auxílio-doença, o segurado pode contestar a decisão e tentar recuperar o benefício. O primeiro passo é solicitar um recurso administrativo dentro do próprio INSS. Para isso, é necessário apresentar novos laudos e exames que comprovem a incapacidade para o trabalho.
O pedido pode ser feito pelo site Meu INSS ou diretamente em uma agência da Previdência. Se o recurso for negado, o trabalhador pode entrar com uma ação judicial para tentar reverter a decisão. Nesses casos, um juiz analisará a situação e poderá determinar uma nova perícia médica.
Como evitar cair no pente-fino?
Manter a documentação médica sempre atualizada é essencial para evitar problemas com o pente-fino do INSS. O segurado deve guardar exames, laudos e atestados recentes que comprovem a incapacidade de trabalhar. Além disso, é importante acompanhar as convocações do INSS e comparecer a todas as perícias exigidas.
Quem não atende ao chamado pode ter o benefício suspenso automaticamente. Outro ponto crucial é garantir que todas as informações no cadastro do INSS estejam corretas. Dados desatualizados podem levar à exclusão do auxílio. Seguindo essas medidas, o segurado reduz os riscos de perder o benefício e evita complicações futuras.
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