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Conta cheia: brasileiros recebem parte de 8,5 bilhões no banco

O Sistema de Valores a Receber (SVR), lançado pelo Banco Central em fevereiro de 2022, tem se mostrado uma ferramenta essencial para a recuperação de recursos financeiros esquecidos por cidadãos e empresas ao longo dos anos.

Até o final de junho de 2024, R$ 8,5 bilhões em valores não reclamados ainda estavam disponíveis para resgate, segundo dados do Banco Central.

Esse montante faz parte de um total de R$ 15,9 bilhões que foram liberados por diversas instituições financeiras através do SVR, que já devolveu R$ 7,4 bilhões até o momento.

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Quem tem direito a receber Valores Esquecidos?

O SVR abrange uma ampla variedade de recursos financeiros que, por diferentes motivos, não foram reclamados por seus proprietários. Entre os principais beneficiários estão os correntistas que encerraram suas contas-correntes ou poupanças sem resgatar o saldo remanescente.

Ex-participantes de cooperativas de crédito também têm direito a valores, como cotas de capital e rateios de sobras líquidas, que não foram retirados após a saída da cooperativa.

Outro grupo que pode se beneficiar do SVR são os membros de grupos de consórcio que não buscaram seus recursos após o encerramento dos grupos. Além disso, o sistema inclui valores cobrados indevidamente, como tarifas ou parcelas de operações de crédito, e valores em contas de pagamento que foram encerradas sem que o saldo fosse retirado.

Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras que foram encerradas também podem ter valores disponíveis para devolução. Todos esses recursos são passíveis de resgate através do SVR, desde que os beneficiários sigam o processo indicado pelo Banco Central.

Você precisa saber disso:

Como funciona o resgate dos valores no seu banco?

O processo de resgate dos valores esquecidos é simples e pode ser feito completamente online, o que facilita o acesso dos beneficiários ao dinheiro que lhes pertence. Para verificar se possui algum valor a receber, o cidadão ou a empresa deve acessar o site oficial do Banco Central e realizar a consulta utilizando o CPF ou CNPJ.

Uma vez confirmada a existência de valores a receber, o resgate pode ser feito diretamente com a instituição financeira que mantém o recurso. É importante destacar que o Banco Central alerta para a possibilidade de golpes.

Criminosos podem tentar se passar por intermediários, oferecendo supostos serviços de resgate mediante o pagamento de taxas ou solicitando informações pessoais.

Contudo, o SVR é um serviço completamente gratuito, e nenhuma instituição está autorizada a pedir senhas ou enviar links por meio de mensagens para tratar sobre valores a receber. Apenas a instituição financeira responsável pelo valor poderá contatar o beneficiário diretamente.

Apesar do sucesso do SVR em ajudar milhões de brasileiros a recuperarem seus valores esquecidos, uma parte considerável desses recursos ainda não foi resgatada.

A principal razão para isso é o valor relativamente baixo de muitos desses créditos. De acordo com o Banco Central, 63,1% dos beneficiários têm valores a receber que não ultrapassam R$ 10. Além disso, 25,06% dos correntistas possuem quantias entre R$ 10,01 e R$ 100. Apenas uma pequena parcela, cerca de 1,8%, tem direito a valores superiores a R$ 1 mil.

Essa distribuição de valores pode explicar a hesitação de muitos em realizar o resgate, especialmente quando consideram o esforço envolvido. No entanto, a adesão ao SVR tem crescido de forma consistente, o que indica uma tendência de maior conscientização entre os beneficiários sobre a importância de reivindicar esses valores.

Resgate de valores em 2024 tem nova liberação direto no banco?

Em junho de 2024, o montante resgatado pelos brasileiros através do SVR foi de R$ 268 milhões, uma redução em relação ao mês anterior, quando foram retirados R$ 328 milhões. Esse decréscimo pode ser reflexo de uma menor quantidade de valores disponíveis para resgate, à medida que mais pessoas utilizam o sistema.

Contudo, a adesão crescente ao SVR sugere que o saldo de R$ 8,5 bilhões ainda não resgatados pode diminuir significativamente nos próximos meses, o que contribuirá para que esses recursos retornem ao bolso dos brasileiros.

O Banco Central continua a investir em campanhas de conscientização e na simplificação do processo de resgate, visando aumentar ainda mais a adesão ao SVR.

A expectativa é que, com esses esforços, o volume de recursos resgatados continue a crescer, beneficiando um número ainda maior de brasileiros e permitindo que esses valores esquecidos sejam reintegrados à economia familiar.

O sucesso do SVR demonstra a importância de políticas públicas que buscam garantir que os cidadãos tenham acesso aos seus direitos financeiros.

À medida que mais pessoas se informam sobre o sistema e utilizam a plataforma para recuperar seus valores, o impacto positivo na economia brasileira tende a se amplificar, contribuindo para a redução da desigualdade e o fortalecimento do poder de compra das famílias.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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