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Triste notícia para quem esperava mais do Bolsa Família em 2025

O programa Bolsa Família, um dos principais pilares das políticas sociais do governo federal, não sofrerá reajuste em 2025, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso na última sexta-feira (30/08).

Esta será a segunda vez consecutiva que o valor do benefício permanecerá inalterado, consolidando uma tendência de manutenção dos atuais níveis de apoio financeiro às famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil.

O orçamento destinado ao Bolsa Família para o próximo ano está projetado em R$ 167,2 bilhões, valor que deverá atender cerca de 20,9 milhões de famílias em todo o país. Esses números demonstram o compromisso contínuo do governo em manter a cobertura do programa, mesmo sem o aumento nos valores dos benefícios.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pela gestão do programa, já havia antecipado essa decisão, justificando-a pela estabilidade econômica e pelo controle da inflação, que, segundo ele, preserva o poder de compra dos beneficiários.

Bolsa Família 2025 Programa não terá reajuste pelo segundo ano consecutivo, conforme PLOA enviada ao Congresso
Bolsa Família 2025 Programa não terá reajuste pelo segundo ano consecutivo, conforme PLOA enviada ao Congresso – foto: bolsadafamilia.com.br.

Manutenção do poder de compra e ausência de reajuste

O ministro Wellington Dias enfatizou que a ausência de reajuste no Bolsa Família para 2025 está diretamente relacionada à situação econômica do país. Ele destacou que, com a inflação controlada, o valor médio do benefício, atualmente em torno de R$ 230 por integrante familiar, ainda é suficiente para garantir que as famílias beneficiadas possam adquirir os produtos básicos de uma cesta alimentar.

Isso inclui alimentos e itens de primeira necessidade, preservando assim o poder de compra que foi estabelecido no ano anterior.

Dias também ressaltou que, no contexto atual, não há estudos em andamento para reajustar os valores do benefício. A manutenção dos valores pagos é considerada suficiente para assegurar que as famílias continuem saindo da condição de pobreza, conforme os parâmetros estabelecidos pelo governo.

“Não há nenhum estudo [de reajuste], nenhum levantamento, porque dentro da realidade, nesse momento do Brasil, nós temos o poder de compra preservado”, afirmou o ministro em entrevista à GloboNews.

Ele reforçou que, mesmo sem aumento, os valores são adequados para atender às necessidades básicas das famílias.

Modelo de cálculo e impacto social

O Bolsa Família, relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2023, é atualmente o principal programa social do governo. Desde a sua reestruturação, o programa adotou um modelo de cálculo dos benefícios que é proporcional ao tamanho das famílias.

Esse formato é considerado mais justo por especialistas, pois ajusta o valor recebido de acordo com o número de integrantes, melhorando a eficiência do gasto público e garantindo que famílias maiores recebam mais apoio.

Além disso, o governo federal cumpriu a promessa de campanha de manter o benefício mínimo em R$ 600 por família, independentemente do tamanho do núcleo familiar.

Essa política assegura que todas as famílias inscritas no programa recebam um valor mínimo suficiente para cobrir as necessidades básicas, mesmo sem o reajuste. A lei que rege o novo Bolsa Família prevê a possibilidade de correção dos valores em até dois anos, mas não obriga o governo a realizar esses reajustes anualmente.

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O que esperar do Bolsa Família em 2025

Embora a ausência de reajuste para 2025 seja uma realidade, a legislação que instituiu o novo Bolsa Família permite que os valores possam ser corrigidos no futuro, dependendo das condições econômicas e das prioridades do governo.

Essa flexibilidade garante que o programa possa se adaptar às necessidades dos beneficiários, caso a inflação volte a crescer ou as condições econômicas mudem de forma significativa.

No entanto, é importante destacar que a decisão de não reajustar o valor do benefício para o próximo ano reflete uma estratégia do governo de priorizar a sustentabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que mantém a eficácia do programa em combater a pobreza.

O foco permanece em assegurar que o Bolsa Família continue sendo uma rede de segurança para milhões de brasileiros, sem comprometer a estabilidade econômica do país.

Rodrigo Campos

Editor do Portal Bolsa da Família. Jornalista, pós-graduado em Semiótica. Atuou em grandes veículos de imprensa do Brasil nos últimos anos.

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