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Afinal, o BPC entra como renda no Cadastro Único? Entenda as regras!

A importância de saber se o BPC entra como renda no Cadastro Único é a de que ele pode influenciar na renda per capita e, consequentemente, no recebimento de mais benefícios.

O Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC, garante um salário mínimo mensal para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem baixa renda, por isso esse detalhe é tão importante na hora da concessão.

Diferente da aposentadoria, esse benefício não exige contribuições prévias ao INSS, mas impõe critérios rigorosos de renda familiar. Para acessar o BPC, o interessado deve estar inscrito no Cadastro Único, pois essa base de dados permite que o governo avalie a condição socioeconômica do solicitante.

Embora o valor do benefício seja incluído no Cadastro Único, é importante entender se ele é capaz de prejudicar o pagamento de outros benefícios que também dependem da limitação de renda imposta tanto pelo governo quanto pelo INSS.

Muitos têm receio de saber se o BPC entra como renda no Cadastro Único. Entenda o que significa.
Muitos têm receio de saber se o BPC entra como renda no Cadastro Único. Entenda o que significa. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quais as regras para participar do BPC?

O BPC atende pessoas que comprovam situação de vulnerabilidade social. Para ser elegível, a renda familiar per capita deve ser igual ou inferior a um quarto do salário mínimo vigente. Isso significa que, em 2025, o limite de renda mensal por pessoa será de R$ 379,50.

No cálculo da renda, o governo considera os rendimentos de todos os membros da família que moram na mesma casa, incluindo aposentadorias e outros benefícios previdenciários. No entanto, despesas médicas elevadas podem ser analisadas caso a caso para flexibilizar essa regra.

Outro critério essencial envolve a comprovação da condição que justifica o benefício. Para idosos, basta a idade mínima exigida. Já para pessoas com deficiência, o governo realiza uma avaliação médica e social para confirmar a limitação de longo prazo que afeta a participação plena na sociedade.

Além disso, o BPC não gera direito ao décimo terceiro salário nem à pensão por morte. Caso a situação econômica da família melhore e a renda per capita ultrapasse o limite permitido, o beneficiário pode perder o direito ao pagamento, por isso há avaliações de tempos em tempos.

Qual o valor do benefício?

O valor do BPC equivale a um salário mínimo, ajustado anualmente conforme o reajuste nacional. Em 2025, o piso salarial previsto será de R$ 1.518, portanto, esse será o montante recebido pelos beneficiários. Todos os anos, com o reajuste do piso, ele também muda.

Apesar de garantir um suporte financeiro para famílias em vulnerabilidade, o benefício não inclui adicionais, como décimo terceiro ou outros auxílios previdenciários. Por isso, muitos beneficiários buscam complementar a renda com programas sociais acumulativos.

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O BPC entra como renda no Cadastro Único?

O governo registra o BPC no Cadastro Único para manter um controle sobre os beneficiários, mas ele não é contabilizado como renda para determinados programas sociais. Essa regra evita que famílias percam o direito a outros benefícios apenas por possuírem um membro que recebe o BPC.

Ou seja, o sistema permite que pessoas em situação de vulnerabilidade continuem acessando auxílios essenciais, mesmo quando já recebem o benefício assistencial. Essa política foi implementada para evitar impactos negativos na distribuição de programas sociais.

Como o BPC não é um benefício previdenciário e não oferece contribuições ao INSS, sua exclusão dos cálculos de renda em alguns programas protege os beneficiários de uma possível perda de direitos. Dessa maneira, famílias que recebem o BPC podem continuar participando de outros programas.

Isso impede o recebimento de outros benefícios?

Não. O BPC não impede a participação em diversos programas sociais. Beneficiários podem continuar acessando auxílios como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e isenção de taxas para documentos. No entanto, alguns benefícios específicos, como os previdenciários, são impedidos.

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Benefícios acumulativos com o BPC

Quem recebe o BPC pode acumular outros benefícios sociais que não dependem do critério de renda per capita. Um dos principais exemplos é o Bolsa Família, que permite que famílias com beneficiários do BPC continuem recebendo o auxílio, desde que atendam aos requisitos do programa.

Outro benefício compatível com o BPC é a Tarifa Social de Energia Elétrica, que concede descontos na conta de luz para famílias de baixa renda. Para acessá-la, é necessário estar inscrito no Cadastro Único e solicitar o benefício junto à concessionária de energia da região.

Além disso, beneficiários do BPC podem solicitar isenção de taxas para emissão de documentos como carteira de identidade e passaporte. Esse direito facilita a regularização de documentos pessoais para pessoas em situação de vulnerabilidade. Para obter a isenção, basta apresentar um comprovante.

Como se cadastrar para receber o BPC?

Para solicitar o BPC, o primeiro passo é a inscrição no Cadastro Único, que deve ser realizada no Centro de Referência de Assistência Social, o CRAS, ou em postos de atendimento autorizados pela prefeitura. Esse cadastro é essencial para que o governo tenha acesso às informações socioeconômicas da família.

Após a inscrição no Cadastro Único, o requerimento do benefício deve ser feito no INSS, que analisará se o solicitante atende aos critérios exigidos. No caso de pessoas com deficiência, o processo inclui uma avaliação médica e social realizada pelo próprio INSS, pelo site Meu INSS.

Depois da análise, se o pedido for aprovado, o beneficiário começa a receber o pagamento mensalmente na conta indicada. Caso o pedido seja negado, o solicitante pode recorrer da decisão dentro do prazo estabelecido. Portanto, é bom sempre consultar o andamento.

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