Azar! Corte nos valores do Bolsa Família atinge 2 MILHÕES de beneficiários; dá para voltar?
Milhões de famílias tiveram o Bolsa Família reduzido em janeiro de 2025. Veja como a regra de proteção funciona e quem foi afetado.
O Bolsa Família retomou os pagamentos em janeiro de 2025, beneficiando cerca de 20 milhões de famílias.
No entanto, mais de 2 milhões de beneficiários foram surpreendidos com cortes nos valores recebidos neste mês, resultado de alterações nas regras do programa, incluindo a aplicação da chamada “regra de proteção”.
O ajuste impactou diretamente famílias que vinham contando com o benefício em sua totalidade, gerando dúvidas e preocupações.
Mas será que é possível recuperar o valor anterior? Entenda o que mudou, quem foi afetado e como agir para tentar voltar a receber os valores integrais.
Pagamentos reduzidos e regra de proteção
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, 110 mil novas famílias foram incluídas na regra de proteção em janeiro, somando-se às 2,4 milhões de famílias que já estavam nessa condição.
Em média, essas famílias estão recebendo R$ 386 neste mês, bem abaixo dos R$ 600 previstos como base do programa.
A regra de proteção é aplicada quando uma família tem aumento na renda per capita que ultrapassa os limites estabelecidos pelo programa.
Dependendo da elevação da renda, a família pode continuar recebendo o benefício com valores reduzidos ou, em casos extremos, ter o benefício cancelado.
O governo esclarece que famílias sob a regra de proteção continuam recebendo 50% do valor do benefício por até dois anos, incluindo adicionais como os pagos para gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes.
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Como funciona a regra de proteção?
A regra de proteção do Bolsa Família é acionada de acordo com o aumento da renda per capita da família. Existem três cenários possíveis:
- Quando a renda per capita permanece abaixo de R$ 218:
A família continua recebendo o benefício integralmente, sem reduções. Esse valor é o limite máximo para enquadramento na situação de vulnerabilidade exigida pelo programa. - Quando a renda per capita aumenta para algo entre R$ 219 e R$ 759:
Nesse caso, a família entra na regra de proteção e passa a receber o benefício com valor reduzido por até dois anos. Se a renda voltar a cair para abaixo de R$ 218 nesse período, o valor do Bolsa Família retorna ao patamar integral. - Quando a renda per capita ultrapassa R$ 759:
Se a renda familiar por pessoa exceder meio salário mínimo, a família é automaticamente excluída do programa. O governo considera que a família já não se enquadra nos critérios de vulnerabilidade e destina o recurso a quem enfrenta maior necessidade.
Quem recebe o Bolsa Família no dia 24 de janeiro?
Nesta sexta-feira, 24 de janeiro, o pagamento está sendo feito para beneficiários com NIS final 5. O valor foi creditado nas contas desde as primeiras horas do dia e já pode ser movimentado.
Os beneficiários podem acessar o dinheiro de diferentes formas:
- Aplicativo Caixa Tem: com o app, é possível pagar contas, fazer transferências, realizar Pix e até gerar um código para saque em terminais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui.
- Agências da Caixa Econômica Federal: o saque presencial exige a apresentação de um documento oficial com foto.
Como consultar o calendário de pagamento?
O pagamento do Bolsa Família segue um calendário escalonado, com base no último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Confira o cronograma de janeiro:
- NIS final 1: 20 de janeiro
- NIS final 2: 21 de janeiro
- NIS final 3: 22 de janeiro
- NIS final 4: 23 de janeiro
- NIS final 5: 24 de janeiro
- NIS final 6: 27 de janeiro
- NIS final 7: 28 de janeiro
- NIS final 8: 29 de janeiro
- NIS final 9: 30 de janeiro
- NIS final 0: 31 de janeiro
Os beneficiários devem ficar atentos às datas correspondentes ao seu NIS para garantir o saque do benefício dentro do prazo.
Por que os valores são reduzidos?
A redução nos valores do Bolsa Família ocorre em razão do aumento da renda familiar per capita. Essa política foi implementada para permitir que famílias em transição econômica ainda recebam algum suporte, enquanto o governo destina recursos integrais para as famílias que permanecem em maior vulnerabilidade.
Além disso, o governo reforça que a regra de proteção é uma forma de equilibrar os objetivos do programa com a responsabilidade fiscal, priorizando famílias que mais precisam do benefício.