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Cuidado: INSS não pede taxa para liberar ressarcimento dos descontos indevidos; confira

Diversos golpistas estão aproveitando o escândalo das fraudes do INSS para aplicar fraudes em segurados fragilizados, em relação aos descontos indevidos.

Casos de fraudes no INSS têm se tornado cada vez mais comuns e sofisticados, afetando diretamente aposentados, pensionistas e segurados em geral. Com abordagens que simulam procedimentos legítimos do governo, criminosos criam armadilhas para enganar os beneficiários.

Por meio de mensagens, ligações ou documentos falsificados, os golpistas conseguem enganar até mesmo os usuários mais cautelosos, usando argumentos que misturam informações verdadeiras com falsas promessas.

Ao se passarem por representantes oficiais do INSS, os criminosos solicitam pagamentos para liberar valores que, supostamente, estão prontos para serem transferidos. Esse cenário reforça a necessidade de uma postura vigilante, com acesso somente aos canais oficiais e rejeição de qualquer outra abordagem.

Recentemente, golpistas aproveitaram os descontos indevidos do INSS para aplicar novas fraudes.
Recentemente, golpistas aproveitaram os descontos indevidos do INSS para aplicar novas fraudes. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Golpe do ressarcimento dos descontos indevidos

O mais recente esquema criminoso envolvendo o INSS é o chamado golpe do ressarcimento dos descontos indevidos, que promete a devolução de valores referentes a cobranças não autorizadas, mediante o pagamento de uma suposta taxa.

Os golpistas enviam boletos e mensagens aos beneficiários com falsas orientações sobre a liberação de uma indenização, dizendo que é necessário pagar um imposto antecipado para receber o ressarcimento. Em muitos casos, o golpe inclui a simulação de páginas oficiais, como o portal gov.br.

Tudo é planejado para convencer o beneficiário de que está prestes a receber um valor significativo, desde que realize um depósito imediato. Um exemplo relatado envolveu um boleto de R$ 61,90, que acompanhava a promessa de recebimento de R$ 5.960,50 por suposto vazamento de dados pessoais.

O documento utilizava termos como “indenização governamental” para dar aparência legítima ao golpe. Os criminosos afirmam que o valor será creditado via Pix, logo após o pagamento da taxa, o que, segundo o próprio INSS, jamais acontece.

Além do boleto falso, os golpistas usam mensagens com promessas de liberar rapidamente o reembolso de descontos indevidos, muitas vezes alegando urgência e ameaçando o bloqueio do valor, caso o pagamento da taxa não seja feito dentro de poucas horas.

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Como os golpistas atuam?

Os criminosos por trás do golpe do ressarcimento dos descontos indevidos atuam por diversos meios, incluindo redes sociais, mensagens de texto, aplicativos de conversa e até chamadas telefônicas. Eles se apresentam como representantes do INSS e utilizam imagens oficiais, frases institucionais e logotipos.

Em muitos casos, criam páginas falsas com aparência idêntica à do portal gov.br, onde disponibilizam boletos falsos, formulários e até mensagens de voz. O objetivo sempre é levar o beneficiário a acreditar que precisa pagar uma taxa para receber uma indenização significativa.

Além disso, esses golpistas costumam utilizar a chave Pix como suposto meio de pagamento, prometendo que o valor da indenização será creditado imediatamente após a quitação da taxa. Essa estratégia tenta convencer a vítima de que tudo acontecerá de forma rápida, o que raramente ocorre.

O uso de termos como “imposto sobre indenização” e “liberação imediata do valor” serve apenas para dar uma falsa formalidade ao golpe. O beneficiário, ao seguir essas instruções, acaba fornecendo seus dados pessoais e financeiros diretamente aos criminosos, colocando em risco sua segurança e sua renda.

Outro ponto que caracteriza o golpe é a insistência para que o pagamento seja feito com urgência, sob ameaça de cancelamento ou bloqueio do benefício. Essa técnica de intimidação busca impedir que o cidadão desconfie ou verifique as informações.

Por isso, é fundamental que os beneficiários saibam que o INSS nunca entra em contato proativamente para cobrar taxas ou liberar valores mediante pagamento. O Instituto trabalha apenas por seus canais oficiais e não utiliza terceiros ou intermediários para prestar serviços aos cidadãos.

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INSS emite alerta sobre ressarcimento dos descontos indevidos

Diante do aumento dos relatos, o INSS emitiu um alerta contundente sobre o ressarcimento de descontos indevidos, esclarecendo que o procedimento é simples, gratuito e feito apenas por canais oficiais, como o site ou o telefone.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, o Instituto não liga para os beneficiários e tampouco envia boletos por e-mail ou redes sociais. O contato, quando necessário, ocorre somente pelo aplicativo Meu INSS, disponível para todos os segurados.

Em entrevista recente, ele reforçou que o número 135 serve apenas para atendimento passivo, ou seja, o cidadão é quem deve ligar, e não o contrário. O presidente também alertou que nenhuma taxa é cobrada em qualquer fase do processo de ressarcimento.

Ao contrário do que dizem os golpistas, o INSS não exige o envio de documentos físicos, assinatura de papéis ou o uso de links externos para iniciar o processo. Os beneficiários devem evitar qualquer contato com intermediários que prometam facilidades, pois isso também caracteriza tentativa de golpe.

O Instituto orienta que ninguém aceite ajuda de desconhecidos, nem forneça dados como CPF, número do benefício, senhas ou fotos de documentos. A proteção começa com o acesso à informação segura e a desconfiança diante de abordagens fora dos canais oficiais.

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