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FGTS vai virar empréstimo? Entenda a manobra do governo para facilitar saque!

O FGTS possui diversos tipos de modalidade. Uma delas, no entanto, pode deixar de existir, dando espaço para uma novidade.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) representa um direito essencial para os trabalhadores brasileiros com vínculo formal de emprego.

Criado para assegurar proteção financeira em situações como demissão sem justa causa, aposentadoria e doenças graves, o FGTS funciona como uma poupança compulsória. Mensalmente, os empregadores depositam 8% do salário do funcionário em uma conta vinculada, permitindo que ele acumule recursos ao longo do tempo.

Nos últimos anos, o governo implementou novas regras para flexibilizar o acesso a esses valores, como o saque-aniversário. No entanto, mudanças significativas podem ocorrer em breve, impactando milhões de trabalhadores.

O governo pode transformar uma modalidade do FGTS em empréstimo. Entenda.
O governo pode transformar uma modalidade do FGTS em empréstimo. Entenda. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Governo planeja acabar com o saque-aniversário?

Desde 2019, o saque-aniversário permite que trabalhadores retirem parte do saldo do FGTS no mês do seu aniversário. Apesar da adesão de muitos brasileiros, o governo federal estuda extinguir essa modalidade.

O debate sobre o tema começou no início de 2024 e pode levar a alterações importantes na forma como os trabalhadores acessam seus recursos. O Ministério do Trabalho pretende encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional para viabilizar essa mudança.

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Por quais motivos o governo quer extinguir a modalidade?

Um dos principais argumentos para acabar com o saque-aniversário envolve a proteção financeira dos trabalhadores em caso de demissão. Atualmente, quem opta por essa modalidade perde o direito de sacar o saldo total do FGTS ao ser dispensado sem justa causa, podendo retirar apenas a multa rescisória de 40%. Essa restrição pode comprometer a segurança financeira dos empregados em momentos críticos.

Além disso, a modalidade tem sido questionada por especialistas devido ao impacto no mercado de crédito. Muitos trabalhadores recorrem a antecipações do saque-aniversário como forma de obter dinheiro rápido, mas acabam pagando juros elevados, reduzindo significativamente o valor recebido.

O governo avalia que substituir esse modelo por um novo sistema de consignado pode garantir melhores condições para o trabalhador, reduzindo o endividamento e aumentando a segurança financeira.

Outro ponto importante envolve a necessidade de modernizar o FGTS e torná-lo mais eficiente. O saque-aniversário, apesar de oferecer liquidez imediata, não representa a melhor estratégia de longo prazo para os trabalhadores. Ao reformular as regras, o governo busca um equilíbrio entre acesso aos recursos e proteção financeira, garantindo que o FGTS continue cumprindo sua função social.

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O que ficaria no lugar desse saque do FGTS?

Com a possível extinção do saque-aniversário, o governo pretende implementar uma nova modalidade de crédito consignado vinculada ao FGTS.

Essa alternativa permitiria que os trabalhadores utilizassem parte do saldo como garantia para obter empréstimos com juros mais baixos, sem precisar esperar pelo aniversário para acessar os valores. O projeto ainda está em fase de discussão, mas pode ser enviado ao Congresso nos próximos meses.

Como o consignado do FGTS vai funcionar?

De acordo com Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, a nova modalidade já está estruturada e poderá ser operacionalizada em breve.

O modelo funcionaria como um empréstimo consignado tradicional, no qual o trabalhador contrata o crédito junto a uma instituição financeira, com parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento ou do saldo do FGTS. Dessa forma, ele teria acesso ao dinheiro de forma imediata, sem comprometer o saldo em caso de demissão.

Uma das grandes vantagens do consignado vinculado ao FGTS seria a possibilidade de contratação em qualquer banco, eliminando a exigência de convênio entre a empresa e a instituição financeira.

Atualmente, essa limitação impede muitos trabalhadores de obterem crédito com condições favoráveis. Com a mudança, a expectativa é ampliar o acesso ao empréstimo e reduzir as taxas de juros praticadas no mercado.

Além disso, o novo sistema poderia substituir gradualmente o saque-aniversário, oferecendo uma alternativa mais vantajosa para os trabalhadores. Enquanto o modelo atual limita o acesso ao saldo em caso de demissão, o consignado garantiria liquidez sem comprometer direitos rescisórios.

No entanto, para que a proposta entre em vigor, o projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, o que pode levar alguns meses. Dessa forma, o FGTS passa por um momento de reformulação, com mudanças que podem impactar diretamente a vida financeira dos trabalhadores.

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