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Como entrar na fila do botijão de gás em setembro no Bolsa Família?

O governo federal deu um importante passo na política social ao lançar a Política Nacional de Transição Energética nesta segunda-feira (26). Como parte dessa iniciativa, foi encaminhado ao Congresso Nacional um projeto de lei que institui o programa “Gás para Todos”.

O objetivo é fornecer botijões de gás de cozinha gratuitamente para milhões de famílias que são beneficiárias do Bolsa Família, promovendo maior segurança alimentar e energética. No entanto, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso antes de entrar em vigor.

Agora, os beneficiários do Bolsa Família terão chance de retirar botijão de gás sem pagar nada.
Agora, os beneficiários do Bolsa Família terão chance de retirar botijão de gás sem pagar nada – bolsadafamilia.com.br.

Como funciona o programa “Gás para Todos”?

A proposta é que, a partir de janeiro de 2025, os beneficiários do Bolsa Família passem a receber botijões de gás de cozinha de forma gratuita. Esses botijões serão distribuídos por revendedores cadastrados e o custo será totalmente subsidiado pelo governo federal.

O “Gás para Todos” substituirá o atual “Auxílio Gás”, que atualmente é pago junto ao Bolsa Família. Com essa mudança, o governo pretende ampliar significativamente o número de famílias atendidas, passando dos atuais 5,6 milhões para cerca de 20,8 milhões de lares em todo o país.

Ampliação gradual do programa

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou que a ampliação do programa será realizada de forma gradual ao longo de 2025. A partir de janeiro, o número de beneficiários começará a aumentar progressivamente, alcançando a meta de 20,8 milhões de famílias até o final do ano.

O programa visa garantir que todas essas famílias tenham acesso regular ao gás de cozinha, essencial para a preparação de alimentos e para a manutenção de condições de vida dignas.

Quem terá direito a entrar na “fila” para o gás?

Para participar do programa “Gás para Todos”, os interessados devem estar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal. Além disso, a renda mensal por pessoa na família não pode ultrapassar meio salário mínimo, o que atualmente corresponde a R$ 706.

O governo estima que, até 2026, o número de beneficiários do programa ultrapassará os 20,8 milhões de famílias, atendendo uma parcela significativa da população mais vulnerável do país.

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Como será a distribuição dos botijões?

Os beneficiários do programa precisarão baixar um aplicativo da Caixa Econômica Federal, que será utilizado para realizar a retirada dos botijões de gás.

Ao apresentar o aplicativo ao revendedor de gás de cozinha cadastrado, que deverá estar vinculado à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o beneficiário receberá o botijão gratuitamente.

Essa mudança visa desvincular o auxílio gás do Bolsa Família, garantindo que o valor destinado ao gás de cozinha seja utilizado para sua finalidade específica, evitando que as famílias utilizem os recursos para outras necessidades urgentes.

Com a implementação do “Gás para Todos”, o valor total recebido pelas famílias no Bolsa Família deverá ser ajustado.

Como o auxílio gás será distribuído diretamente na forma de botijões, o valor que antes era destinado a esse fim será retirado do benefício em dinheiro, resultando em uma redução de aproximadamente R$ 100 na conta dos beneficiários.

Essa medida, segundo o governo, corrige uma distorção no uso do auxílio gás, que era frequentemente utilizado para outras despesas, deixando de cumprir sua finalidade original.

Financiamento e sustentabilidade: o que esperar

O financiamento do “Gás para Todos” será realizado por meio de subsídios do governo federal, que utilizará recursos do Fundo Social do Pré-Sal. Esse fundo é mantido com receitas provenientes dos leilões de petróleo conduzidos pela Pré-Sal Petróleo SA (PPSA).

Para 2025, o governo estima que serão necessários cerca de R$ 5 bilhões para a implementação do programa, valor que deverá aumentar para R$ 13,6 bilhões em 2026, conforme o programa for ampliado para atender todas as famílias previstas.

Os empresários interessados em participar do programa terão que se credenciar junto à ANP, que definirá um preço teto para o gás em cada região do país.

Esse preço será compatível com os valores de mercado, garantindo que os revendedores possam operar dentro de margens justas, enquanto o governo assume o custo do botijão de gás para as famílias beneficiárias.

Rodrigo Campos

Editor do Portal Bolsa da Família. Jornalista, pós-graduado em Semiótica. Atuou em grandes veículos de imprensa do Brasil nos últimos anos.

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