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Nova lei para trabalhadores vai ACABAR com férias de 30 dias? Entenda!

As leis trabalhistas estão em constante mudança para adequar as novidades do mercado de trabalho à vida dos trabalhadores.

As leis trabalhistas desempenham um papel essencial na regulamentação das relações entre empregados e empregadores. Elas garantem direitos fundamentais, asseguram condições dignas de trabalho e estabelecem regras que promovem equilíbrio no ambiente corporativo.

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) representa a base da legislação trabalhista, oferecendo proteção aos trabalhadores e definindo obrigações para as empresas.

Criada em 1943, a CLT passou por diversas atualizações para acompanhar as mudanças econômicas e sociais. Entre os temas mais relevantes dentro da legislação trabalhista, as regras sobre férias merecem destaque, pois garantem o descanso necessário para a saúde física e mental do trabalhador.

Os trabalhadores devem ficar sempre atentos às regras de trabalho.
Os trabalhadores devem ficar sempre atentos às regras de trabalho. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Entendendo as regras das férias no regime CLT

Para ter direito a férias, o trabalhador precisa completar 12 meses de trabalho na mesma empresa, período conhecido como aquisitivo. Após esse tempo, o empregador tem até 12 meses para conceder o descanso, dentro do chamado período concessivo.

Durante as férias, o trabalhador recebe o salário acrescido de um terço do valor, garantindo um benefício extra que auxilia no planejamento financeiro. Essa estrutura assegura que o trabalhador tenha um intervalo adequado para recuperar suas energias antes de iniciar um novo ciclo de trabalho.

O número de faltas injustificadas pode afetar a quantidade de dias de férias a que o trabalhador tem direito. A CLT prevê que o empregador pode reduzir os dias de descanso caso o empregado tenha um número elevado de ausências sem justificativa. Por exemplo, um trabalhador que faltar até cinco vezes no período aquisitivo mantém os 30 dias de férias.

Entretanto, se houver entre seis e 14 faltas, o direito cai para 24 dias. Com 15 a 23 faltas, o período reduz para 18 dias, e, com 24 a 32 faltas, o direito fica restrito a 12 dias. Se ultrapassar 32 faltas, o trabalhador perde o direito às férias.

Desde a Reforma Trabalhista de 2017, as férias podem ser divididas em até três períodos, desde que ambas as partes concordem. O primeiro período deve ter pelo menos 14 dias corridos, enquanto os outros dois não podem ser inferiores a cinco dias.

Essa flexibilização possibilita que empregados e empregadores negociem a melhor forma de distribuir os dias de descanso, permitindo maior adaptação à realidade do ambiente de trabalho. No entanto, a empresa precisa garantir que o fracionamento não prejudique a recuperação do trabalhador, respeitando o objetivo principal das férias.

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Regras de férias dos trabalhadores vão mudar?

Em 2025, o Governo Federal anunciou mudanças na legislação trabalhista, trazendo novas regras sobre as férias dos trabalhadores. A atualização da CLT busca equilibrar os direitos dos empregados com as necessidades do mercado, ajustando as normas ao novo cenário econômico e social.

Essas alterações impactam principalmente o período de concessão das férias, tornando as regras mais rígidas e estabelecendo critérios adicionais para a flexibilização dos dias de descanso. Com isso, o governo pretende garantir maior produtividade nas empresas sem comprometer o direito ao descanso do trabalhador.

As novas diretrizes introduzem exceções mais rigorosas ao direito de férias, especialmente para determinadas categorias profissionais. Algumas áreas poderão ter regras específicas, adaptadas à natureza do trabalho desempenhado.

Essa mudança visa evitar impactos negativos nas atividades econômicas e assegurar que as empresas mantenham seu funcionamento regular. No entanto, os trabalhadores ainda contarão com a proteção da CLT, que mantém o período mínimo de descanso e garante que qualquer alteração seja feita de forma transparente e negociada.

Diante dessas mudanças, os trabalhadores devem acompanhar as atualizações na legislação para entender como seus direitos podem ser afetados. Empresas e sindicatos também precisam se adaptar às novas regras, garantindo que as concessões de férias sejam feitas corretamente.

A CLT continua sendo a base para garantir a segurança dos trabalhadores, mas a modernização das normas exige atenção para que todos possam usufruir dos benefícios de forma justa e equilibrada.

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