Novas regras do BPC: como garantir o benefício em 2025 e continuar recebendo?
O BPC vai passar por algumas mudanças a partir do próximo ano, então quem quer continuar recebendo precisa ficar atento a elas.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma assistência oferecida pelo governo federal para garantir uma renda mínima a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de qualquer idade, desde que vivam em situação de vulnerabilidade.
Para se qualificar, a renda mensal por pessoa da família deve ser igual ou inferior a um quarto do salário mínimo. Além disso, é essencial estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e manter as informações atualizadas.
Esse benefício não exige contribuição prévia ao INSS, assegurando proteção financeira para os cidadãos mais necessitados. Ao mesmo tempo, não gera os extras dos benefícios da Previdência, como o 13º salário.
O que vai mudar no BPC em 2025?
Em 2025, o governo federal implementará mudanças significativas nas regras do BPC, com foco em maior controle e fiscalização. Essas mudanças têm o objetivo de identificar irregularidades e garantir que apenas as famílias que realmente se enquadram nos critérios continuem recebendo o benefício.
Entre as alterações, destaca-se a obrigatoriedade de manter o CadÚnico atualizado e a implementação de novas exigências para evitar fraudes e uso indevido.
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Prazos para regularizar
A partir das novas regras, os beneficiários com registros desatualizados há mais de 24 meses serão notificados por canais como extrato bancário, Central 135, aplicativo Meu INSS e SMS. Nos municípios com até 50 mil habitantes, o prazo para regularização será de 45 dias.
Já em localidades maiores, o prazo será estendido para 90 dias. Caso a regularização não ocorra dentro do período estipulado, o benefício será suspenso no mês seguinte. O beneficiário terá mais 30 dias para reativá-lo e receber os valores retidos. Caso contrário, o pagamento será definitivamente cancelado.
As notificações deixam claro a urgência de atualizar o CadÚnico, especialmente para evitar a perda de um benefício tão importante. Para cumprir o prazo, os beneficiários devem comparecer ao CRAS ou acessar os canais digitais do INSS, assegurando que os dados estejam corretos e atualizados.
Consequências da não regularização
Se o beneficiário não atualizar o cadastro, o pagamento do BPC será interrompido e o auxílio ficará suspenso até a situação ser resolvida. Em caso de demora além do período estipulado, o cancelamento do benefício será definitivo, e o cidadão precisará iniciar um novo processo de solicitação. A suspensão também poderá acarretar complicações para o acesso a outros programas sociais vinculados ao CadÚnico, prejudicando ainda mais a condição financeira da família.
Regras para continuar recebendo o BPC
Com as novas regras, o governo busca garantir que os recursos do BPC sejam direcionados a quem realmente necessita. O cumprimento de exigências específicas se tornará indispensável para continuar recebendo o benefício, reforçando o monitoramento da renda e das condições familiares.
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Novo pente-fino
A fiscalização do BPC será intensificada por meio de um “pente-fino” que cruzará informações de diversos bancos de dados governamentais. Essa medida verificará se a renda familiar ultrapassa o limite permitido, se os documentos apresentados são válidos e se o beneficiário cumpre os requisitos do programa.
A verificação será mensal, assegurando que mudanças na condição financeira ou na composição familiar sejam rapidamente identificadas.
Além disso, a partir de setembro de 2024, será obrigatório o registro biométrico para novas solicitações, garantindo maior segurança no processo e evitando fraudes. Documentos como a Carteira de Identidade Nacional (CIN), título de eleitor e CNH serão exigidos durante o cadastro, facilitando a identificação dos beneficiários e de seus responsáveis legais.
Controle de renda familiar
Outra mudança crucial será o controle rigoroso da renda familiar. Caso o INSS identifique que os rendimentos da família superam o limite estabelecido, o benefício será suspenso. Esse monitoramento busca assegurar que o BPC atenda exclusivamente às famílias que realmente se enquadram nos critérios de vulnerabilidade.
Notificações sobre situações irregulares serão feitas por SMS, aplicativo Meu INSS, extratos bancários ou editais, permitindo que o beneficiário regularize sua situação antes de perder o auxílio.
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