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A verdade que ninguém te conta sobre ser Microempresário e ter Bolsa Família

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal brasileiro, criado para combater a pobreza e a desigualdade social no Brasil. Lançado em 2004 e retomado em 2023, o programa visa fornecer assistência financeira às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, garantindo-lhes o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde, sejam elas formadas por pessoas com carteira assinada, MEIs ou optantes pelo Simples Nacional.

Sim, é possível ser beneficiário do Bolsa Família mesmo sendo optante pelo Simples Nacional, desde que você e sua família atendam aos critérios de elegibilidade do programa. Afinal, o benefício é destinado a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, o que é determinado principalmente pela renda per capita (por pessoa) da família.

Neste artigo, vamos explorar mais sobre os requisitos necessários do microempresário Simples Nacional para receber os benefícios do Bolsa Família.

Você precisa ler isso hoje:

Sou Simples Nacional: posso ter Bolsa Família?
Se você é optante do Simples Nacional, precisa saber o que acontece com seu Bolsa Família – Crédito: bolsadafamilia.com.br.

O que é Simples Nacional?

Antes de entrar nos pormenores do Bolsa Família, vamos entender o que é o Simples Nacional. Trata-se de um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 2006, que consolida os principais tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento. Este regime é destinado exclusivamente a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

Características do Simples Nacional

  • Unificação de Tributos: Empresas optantes pelo Simples Nacional pagam seus tributos por meio de uma única guia mensal, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), o que simplifica o processo burocrático.
  • Faixas de Faturamento: Para ser elegível ao Simples Nacional, a ME ou EPP não deve ultrapassar um faturamento anual de R$ 4,8 milhões.
  • Alíquotas Progressivas: Dependendo do faturamento anual, aplicam-se diferentes alíquotas, que são progressivas de acordo com a receita bruta acumulada ao longo do ano.
  • Menos Burocracia: O regime simplifica a abertura e a gestão das empresas, reduzindo a carga de obrigações acessórias e facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e trabalhistas.

O que é o Bolsa Família?

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal brasileiro, criado para combater a pobreza e a desigualdade social no Brasil. Lançado em 2004, o programa visa fornecer assistência financeira às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, garantindo-lhes o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde.

Simples Nacional e o Bolsa Família

Estar cadastrado no Simples Nacional não impede a participação no Bolsa Família, desde que os critérios de renda sejam atendidos. O importante é que a renda familiar per capita, incluindo os rendimentos, não ultrapasse o limite estabelecido pelo programa para definição de pobreza ou extrema pobreza.

Critérios de Elegibilidade para o Bolsa Família

Para ser elegível ao Bolsa Família, uma família deve:

  • Estar em situação de pobreza ou extrema pobreza: Isso significa uma renda mensal de até R$ 210 por pessoa para famílias pobres, e até R$ 105 por pessoa para famílias em extrema pobreza.
  • Composição familiar: Famílias com crianças, adolescentes entre 0 e 17 anos, gestantes e nutrizes são prioritárias no recebimento do benefício.

Cálculo da Renda Familiar

  • Renda Bruta x Renda Líquida: Para o Simples Nacional, é fundamental diferenciar a receita bruta das operações comerciais da renda líquida que é efetivamente incorporada ao orçamento familiar.
  • Divisão pela Família: A renda que deve ser considerada é a que realmente entra no orçamento familiar dividida pelo número de pessoas na família.

Atualização e manutenção do cadastro

  • Cadastro Único: Todos os beneficiários do Bolsa Família devem estar registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. É através deste cadastro que o governo verifica a elegibilidade e mantém o controle sobre quem deve continuar recebendo o benefício.
  • Atualização Regular: É crucial manter o Cadastro Único atualizado, principalmente após qualquer mudança significativa na renda ou composição familiar.

Documentação necessária

Para se inscrever ou atualizar o Cadastro Único, documentos como CPF, identidade, comprovante de residência e comprovantes de renda são essenciais. Para optantes do Simples Nacional, o extrato do DASN-SIMEI (Declaração Anual do Simples Nacional do MEI) pode ser requerido para confirmar a receita bruta anual.

Conclusão

A participação no Bolsa Família enquanto Simples Nacional é plenamente possível, desde que a renda per capita familiar esteja dentro dos limites estabelecidos pelo programa. Manter uma boa organização dos documentos fiscais e contábeis e uma comunicação transparente e regular com os órgãos de assistência social é essencial para garantir os benefícios sem interrupções.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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