Trabalhadores são vítimas de GOLPE através do saque-aniversário: veja como se proteger!
O saque-aniversário é uma das modalidades mais acessíveis do FGTS, mas também a que mais é passível de golpes, prejudicando trabalhadores.
O saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) permite que os trabalhadores retirem anualmente uma parte do saldo disponível em suas contas no mês de seu aniversário.
Essa modalidade surgiu como uma alternativa ao saque-rescisão, que permite o resgate integral do saldo em caso de demissão sem justa causa. Quem opta pelo saque-aniversário pode antecipar valores por meio de empréstimos com bancos, utilizando o saldo como garantia.
No entanto, essa escolha tem gerado preocupações, pois criminosos têm explorado brechas para aplicar golpes, causando prejuízos financeiros e dificuldades para os trabalhadores que dependem do FGTS.
Novo golpe do saque-aniversário afeta trabalhadores
Os golpes no saque-aniversário se tornaram cada vez mais frequentes, colocando em risco a segurança dos trabalhadores. Os criminosos utilizam estratégias sofisticadas para acessar as contas vinculadas ao FGTS e realizar movimentações sem a autorização do titular.
Muitas vítimas só percebem o problema quando tentam acessar o saldo e descobrem que ele foi comprometido. Como essa modalidade permite a antecipação do valor por meio de empréstimos, os fraudadores exploram essa possibilidade para obter dinheiro ilegalmente.
Uma das táticas mais comuns é a alteração indevida da modalidade do FGTS. Criminosos acessam os dados da vítima e mudam o perfil da conta para saque-aniversário sem consentimento. Com isso, eles podem sacar os valores disponíveis ou contratar empréstimos que utilizam o saldo como garantia.
Como essa mudança impede o trabalhador de acessar o valor integral em caso de demissão, muitas vítimas só percebem a fraude quando precisam do dinheiro e não conseguem utilizá-lo.
Outra prática envolve o acesso indevido ao aplicativo do FGTS. Os fraudadores utilizam informações obtidas por meio de vazamentos de dados ou golpes de phishing para entrar na conta do trabalhador.
Com isso, eles alteram dados cadastrais, simulam operações financeiras e desviam os valores para contas de terceiros. Como essas movimentações são feitas digitalmente, a recuperação do dinheiro pode ser um processo demorado e burocrático.
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Como proteger seu FGTS?
A Caixa Econômica Federal recomenda medidas de segurança para evitar que os trabalhadores caiam nesses golpes. A primeira orientação é acessar o FGTS apenas pelos canais oficiais, como o aplicativo FGTS ou o Caixa Tem, disponíveis nas lojas Google Play e App Store. Evitar clicar em links recebidos por e-mail, SMS ou redes sociais também é essencial para não cair em armadilhas criadas por criminosos.
Manter os dados cadastrais atualizados é outra forma de aumentar a segurança. O trabalhador deve verificar regularmente suas informações no aplicativo e garantir que o telefone e o e-mail cadastrados sejam os corretos. Além disso, ativar a autenticação em duas etapas nas contas bancárias e evitar compartilhar senhas com terceiros ajuda a dificultar o acesso indevido.
Se o trabalhador identificar qualquer movimentação suspeita, ele deve entrar em contato imediatamente com a Caixa Econômica Federal. Quanto mais rápido o problema for reportado, maiores são as chances de bloquear operações fraudulentas antes que o dinheiro seja desviado. Em casos de tentativa de golpe, registrar um boletim de ocorrência também pode ser útil para reforçar a contestação junto ao banco.
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O que fazer se for vítima do golpe do Saque-Aniversário?
Quem for vítima do golpe do saque-aniversário precisa agir rapidamente para tentar recuperar os valores indevidamente retirados. O primeiro passo é entrar em contato com a Caixa Econômica Federal para contestar a movimentação.
O banco tem procedimentos específicos para analisar fraudes e pode bloquear novas transações enquanto investiga o caso. Para facilitar o processo, é fundamental reunir documentos que comprovem a irregularidade, como prints de telas do aplicativo e extratos bancários.
Além da contestação junto ao banco, o trabalhador deve registrar um boletim de ocorrência. O documento pode ser feito online, dependendo do estado, ou presencialmente em uma delegacia. O registro policial formaliza a denúncia e pode ajudar em uma possível ação judicial caso o banco não resolva a situação.
Outro ponto importante é monitorar constantemente as contas e manter um acompanhamento junto à Caixa. Como a análise de fraudes pode levar tempo, o trabalhador deve acompanhar o andamento do processo para garantir que o problema será resolvido.
Caso o banco não ofereça uma solução dentro do prazo estipulado, é possível recorrer a órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, ou entrar com uma ação judicial para reaver os valores.
Tem como recuperar o dinheiro?
A possibilidade de recuperação do dinheiro depende da rapidez com que a fraude é identificada e contestada. Se o trabalhador agir rapidamente e comunicar a Caixa, o banco pode conseguir bloquear a transação antes que o dinheiro seja transferido para terceiros.
Caso a fraude já tenha sido concluída, a análise pode levar até 60 dias, período no qual a Caixa investiga a movimentação e decide se fará a restituição.
Se a alteração para saque-aniversário foi feita sem autorização, o banco tem até 15 dias úteis para reverter a mudança. No entanto, se um empréstimo foi contratado de forma fraudulenta, a análise pode ser mais demorada, pois envolve a instituição financeira responsável pelo crédito.
Em alguns casos, o banco pode cancelar a operação e restituir os valores ao trabalhador, mas essa decisão depende da apuração dos fatos.
Caso a restituição não ocorra de forma administrativa, o trabalhador pode buscar a Justiça para reaver os valores. Advogados especializados em direito do consumidor podem orientar sobre os melhores caminhos para garantir a devolução do dinheiro. Em alguns casos, o banco pode ser responsabilizado e obrigado a indenizar o trabalhador pelo prejuízo causado pela fraude.
