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WhatsApp ganha novo botão azul misterioso e você precisa de atenção

A recente introdução da Meta AI no WhatsApp gerou um debate acalorado entre especialistas em tecnologia e usuários do aplicativo. A nova funcionalidade, identificada pelo botão azul, promete avanços significativos em termos de assistência e geração de conteúdo, mas levanta sérias preocupações sobre a privacidade e segurança dos dados dos milhões de pessoas que utilizam o aplicativo diariamente.

Afinal, essa tecnologia é realmente segura? Quais são os riscos envolvidos ao utilizar essa inteligência artificial em um dos aplicativos de mensagens mais populares do mundo?

Já viu e se assustou com o botão azul do WhatsApp? Veja quais são os perigos envolvidos com essa novidade do aplicativo.
Já viu e se assustou com o botão azul do WhatsApp? Veja quais são os perigos envolvidos com essa novidade do aplicativo.

Entenda o que é o botão azul do WhatsApp e como usar

A Meta AI é a inteligência artificial desenvolvida pela Meta, empresa que também é responsável por outras plataformas amplamente utilizadas, como Facebook e Instagram.

Essa tecnologia foi projetada para resolver consultas e gerar conteúdo, seja em formato textual ou audiovisual, e pode interagir tanto em conversas de grupo quanto em chats individuais, assumindo a forma de um contato adicional no WhatsApp.

A ideia central é que o usuário possa contar com uma “assistência virtual” capaz de fornecer respostas rápidas e eficientes a diversas questões.

De acordo com a Meta, a IA foi desenvolvida com foco na proteção da privacidade e segurança dos usuários.

A empresa afirma que, assim como as mensagens convencionais do WhatsApp, as interações com a Meta AI são protegidas por criptografia de ponta a ponta, o que impede que terceiros, incluindo a própria Meta, tenham acesso ao conteúdo dessas conversas. No entanto, para muitos especialistas, essa garantia não é suficiente para dissipar as preocupações.

Você precisa saber disso hoje:

Preocupações com privacidade e segurança dos dados

A criptografia de ponta a ponta é uma das principais características de segurança oferecidas pelo WhatsApp. Esse mecanismo garante que apenas os participantes de uma conversa possam ler ou ouvir as mensagens trocadas, excluindo o próprio aplicativo desse acesso. No entanto, com a introdução da Meta AI, surgem dúvidas sobre como essa proteção se estende às interações com a inteligência artificial.

Ernesto Mislej, cientista de dados e professor, é uma das vozes críticas em relação à confiança cega nas respostas fornecidas pela IA. Segundo ele, é fundamental que os usuários mantenham uma postura crítica e estejam cientes de que as respostas geradas por tecnologias como a Meta AI não são verdades absolutas.

“Estamos sendo perseguidos pela ideia de que as respostas fornecidas por artefatos tecnológicos são verdades únicas, e não é assim. Devemos aprender a interagir com esses dispositivos que mediam o acesso à informação e adquirir uma postura crítica em relação aos sistemas tecnológicos”, afirma Mislej.

Alan Mai, especialista em cibersegurança e CEO da Bloka, compartilha dessa preocupação e ressalta a importância de os usuários serem cautelosos ao compartilhar informações pessoais em plataformas que utilizam inteligência artificial, como o Meta AI.

“Os usuários sempre devem ter cuidado ao compartilhar informações pessoais nessas plataformas, seja no Meta AI ou em outra”, alerta Mai. A preocupação é que, apesar das garantias de privacidade, as informações trocadas possam ser utilizadas para fins comerciais, direcionando anúncios personalizados com base nas interações dos usuários.

Funcionalidades e Implicações Éticas do Meta AI no WhatsApp

A introdução da Meta AI no WhatsApp representa um avanço significativo no uso de inteligência artificial em aplicativos de mensagens. No entanto, a novidade também traz à tona questões éticas importantes sobre o uso de dados pessoais.

Embora a Meta tenha implementado medidas rigorosas, como a criptografia de ponta a ponta, para proteger as informações dos usuários, especialistas continuam a recomendar uma abordagem cautelosa e crítica ao interagir com a IA.

A Meta assegura que as mensagens trocadas com a Meta AI não são armazenadas nem compartilhadas com terceiros.

Contudo, a possibilidade de que informações aparentemente inofensivas possam ser utilizadas para direcionar publicidade levanta questionamentos sobre o real controle que os usuários têm sobre seus dados. Por exemplo, uma simples consulta sobre como remover uma mancha de óleo poderia resultar em uma enxurrada de anúncios de produtos de limpeza, transformando o usuário em alvo de campanhas publicitárias.

Essas preocupações são ainda mais relevantes considerando que a Meta, assim como outras grandes empresas de tecnologia, baseia boa parte de seu modelo de negócios na coleta e análise de dados para personalizar anúncios.

Embora a empresa afirme que todas as interações com a Meta AI são criptografadas durante a transmissão, garantindo a privacidade e segurança dos dados, a questão ética sobre o uso desses dados para fins comerciais permanece em aberto.

Wilson Spiler

Redator do portal Bolsa Família. Jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e graduação em Designer Gráfico. Atuou em grandes veículos nas mais variadas funções, como Globo, SRzd, Ultraverso, entre outros.

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