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Verba para o Vale Gás aumentou; saiba como fica a partir de agora

Governo revisa orçamento de 2025 e amplia recursos para o Vale Gás. Veja quais programas podem ter cortes e como as mudanças afetam os benefícios sociais.

O governo federal está ajustando a proposta orçamentária de 2025 para garantir recursos a programas sociais e adequar os gastos às novas regras fiscais.

A principal alteração será a inclusão de R$ 3 bilhões destinados ao Vale Gás, benefício voltado para famílias de baixa renda que precisam de auxílio na compra do botijão de gás de cozinha.

Além desse reforço, a proposta também prevê cortes e realocações de recursos, buscando equilibrar as contas públicas sem comprometer áreas prioritárias. A previsão é que o novo texto seja enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias.

O governo propõe ajustes no orçamento para incluir mais recursos no Vale Gás e equilibrar as contas públicas. Entenda as mudanças e os cortes previstos. (Foto: Jeane de Oliveira / www.bolsadafamilia.com.br).

Mudanças previstas no orçamento de 2025

A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi enviada ao Congresso em agosto de 2024, mas precisa passar por ajustes antes da votação final. Entre as principais alterações estão:

  • Acréscimo de R$ 3 bilhões ao Vale Gás, garantindo a continuidade do programa em 2025
  • Redução de despesas em até R$ 34 bilhões, impactando o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial PIS/Pasep e o Bolsa Família
  • Possível inclusão do programa Pé-de-Meia, caso o Tribunal de Contas da União (TCU) exija a previsão orçamentária específica

A proposta do governo também busca acomodar os impactos do pacote de ajuste fiscal aprovado em 2024, que tem o objetivo de conter gastos e garantir maior controle sobre as despesas públicas.

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Pacote de ajuste fiscal e os cortes previstos

O Ministério da Fazenda calcula que a economia gerada pelas mudanças fiscais pode alcançar R$ 34 bilhões. Esse valor vem da reestruturação de benefícios sociais e da revisão de critérios para concessão de auxílios. Entre as principais medidas que contribuem para essa economia estão:

  • Mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), que passam a restringir o acesso ao benefício
  • Revisão das regras do abono salarial do PIS/Pasep, limitando a abrangência do programa
  • Ajustes no Bolsa Família, alterando critérios para concessão do benefício

Parte dessa economia será usada para novos gastos obrigatórios, como a ampliação do Vale Gás e possíveis reajustes no salário mínimo.

TCU avalia necessidade de incluir o Pé-de-Meia no orçamento

O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda estuda se o governo deve incluir os recursos do Pé-de-Meia já nesta fase da LOA ou se pode fazer isso ao longo do ano.

O programa, criado para incentivar a permanência de estudantes de baixa renda no ensino médio, pode representar um custo de R$ 12 bilhões em 2025.

Embora a lei que instituiu o benefício exija previsão orçamentária, o governo avalia a possibilidade de uma modulação, permitindo a inclusão dos valores em uma futura revisão do orçamento, caso seja necessário.

Reajuste do salário mínimo e reflexos nas despesas públicas

Outro ponto que afeta a estrutura orçamentária é a nova regra de cálculo do salário mínimo, que agora leva em conta o arcabouço fiscal. Essa metodologia limita o aumento de despesas atreladas ao salário mínimo, como os benefícios previdenciários e o abono salarial.

O relator do orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), está ajustando as previsões considerando esse novo cenário, o que pode reduzir a necessidade de cortes adicionais em outras áreas.

Verbas do PAC podem ser reduzidas

Para acomodar os novos gastos dentro do teto fiscal, o governo pode precisar cortar verbas discricionárias, ou seja, aquelas que não têm execução obrigatória.

Um dos programas que pode sofrer ajustes é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que atualmente tem previsão de R$ 60 bilhões.

Além disso, o orçamento deve garantir os R$ 11,5 bilhões destinados a emendas parlamentares, aprovadas no ano passado. Esse ponto pode gerar debates no Congresso, pois parlamentares defendem a manutenção dessas verbas para projetos regionais.

O novo texto, com todas as alterações propostas, será enviado para análise nos próximos dias. Após a tramitação no Congresso, o orçamento de 2025 será votado, garantindo a execução dos programas sociais e o cumprimento das metas fiscais definidas pelo governo.

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