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Benefício por incapacidade permanente: como funciona, quem tem direito e como pedir

O benefício por incapacidade permanente é um dos mais importantes para os trabalhadores, já que a solicitação ocorre por quem não pode atuar nunca mais.

O benefício por incapacidade permanente é um direito garantido aos segurados do INSS que, por motivo de doença ou acidente, não podem mais exercer atividades laborais e não têm possibilidade de reabilitação para outra função.

Em suma, esse benefício tem como objetivo garantir a subsistência de quem não consegue mais trabalhar e, por isso, precisa de assistência financeira contínua. Além disso, há quem possa ter acesso a um pagamento extra, dependendo de sua condição.

Para ter direito ao benefício, é necessário passar por uma avaliação da Perícia Médica Federal, que verificará a gravidade da incapacidade e a impossibilidade de recuperação. Ademais, algumas condições específicas podem isentar o segurado de novas reavaliações, tornando o benefício definitivo.

Através do benefício por incapacidade permanente, você não fica sem dinheiro se não puder trabalhar.
Através do benefício por incapacidade permanente, você não fica sem dinheiro se não puder trabalhar. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quem pode receber o benefício por incapacidade permanente?

Para ter direito ao benefício por incapacidade permanente, o segurado precisa comprovar que não consegue mais desempenhar qualquer função profissional e que não há possibilidade de adaptação para outra atividade. Por exemplo, não dá para sair de uma linha de produção para um escritório.

Essa análise é feita pela Perícia Médica do INSS, que avalia exames e laudos médicos apresentados no momento do requerimento. Além disso, o segurado deve cumprir os requisitos exigidos pelo INSS, como tempo mínimo de contribuição e qualidade de segurado no momento da solicitação.

Regras para ter o benefício concedido e mantido

Para que o benefício seja concedido, é fundamental que a incapacidade seja comprovada por meio de exames e laudos médicos detalhados. O INSS pode realizar novas perícias médicas periodicamente para verificar se a incapacidade continua. Caso o segurado se recupere, o benefício pode ser cortado.

No entanto, existem exceções que garantem a continuidade do pagamento sem necessidade de novas avaliações, como para segurados com mais de 60 anos ou para aqueles com mais de 55 anos que já estejam recebendo o benefício há pelo menos 15 anos, ou com HIV.

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Quando o benefício por incapacidade permanente pode ser cortado?

O INSS pode suspender o pagamento do benefício por incapacidade permanente caso o segurado volte a trabalhar ou recupere a capacidade de exercer uma atividade remunerada. Inclusive, trabalhar escondido do INSS também pode gerar a perca do pagamento, se for descoberto.

Para evitar pagamentos indevidos, o Instituto realiza reavaliações periódicas, convocando os beneficiários para novas perícias médicas. Se for constatado que o segurado tem condições de retornar ao mercado de trabalho, o benefício é encerrado.

Tem como recorrer da decisão?

Se o INSS cortar o benefício, o segurado pode recorrer da decisão. O primeiro passo é apresentar um recurso administrativo dentro do prazo estabelecido, anexando novos laudos médicos e exames que comprovem a permanência da incapacidade.

Caso o pedido seja negado novamente, o beneficiário pode buscar assistência jurídica para ingressar com uma ação na Justiça. Manter os documentos médicos sempre atualizados e estar atento aos prazos para recurso é essencial para evitar a perda do benefício injustamente.

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O benefício por incapacidade permanente pode ser vitalício?

Embora o benefício por incapacidade permanente seja pago enquanto persistir a condição de saúde que impede o trabalho, em alguns casos ele pode se tornar definitivo. Ou seja, o INSS não pode passá-lo no pente-fino nem cortá-lo por outras razões.

Isso acontece quando o segurado atinge 60 anos, pois a legislação determina que, a partir dessa idade, não há mais obrigatoriedade de realização de perícias periódicas. Além disso, algumas doenças graves garantem a concessão do benefício sem necessidade de novas avaliações médicas.

Doenças que permitem o pagamento permanente

Doenças que impossibilitam completamente a recuperação e a reabilitação para outra função profissional podem garantir a manutenção do benefício sem necessidade de novas perícias. Basicamente, o pagamento é garantido para sempre.

Entre essas doenças, destacam-se o HIV/AIDS, a cegueira total, a esclerose múltipla, a paralisia irreversível e incapacitante, a hanseníase em estado avançado e a doença de Parkinson. Se o segurado for diagnosticado com uma dessas condições, o benefício pode ser mantido de forma vitalícia.

Como solicitar o benefício por incapacidade permanente?

Para solicitar o benefício por incapacidade permanente, o segurado deve fazer o pedido pelo portal ou aplicativo Meu INSS, seguindo os passos abaixo:

  1. Acesse o Meu INSS e faça login com CPF e senha cadastrados na conta gov.br
  2. No menu principal, clique na opção “Novo pedido” e digite “incapacidade” na barra de pesquisa
  3. Selecione a opção “Pedir Benefício por Incapacidade” e escolha “Benefício por Incapacidade Permanente”
  4. Aguarde o agendamento da perícia médica para avaliação da incapacidade
  5. Acompanhe o andamento do pedido pelo Meu INSS, na opção “Consultar Pedidos”

Documentos necessários para comprovação da incapacidade

Para garantir a análise do pedido, é essencial apresentar toda a documentação que comprove a incapacidade permanente. Os principais documentos exigidos são:

  • CPF do requerente
  • Laudos médicos detalhados, com informações sobre o diagnóstico e evolução da doença
  • Exames complementares que atestem a gravidade da incapacidade
  • Histórico de afastamentos do trabalho, caso tenha se afastado anteriormente
  • Relatórios de tratamento e consultas médicas, comprovando a continuidade do problema de saúde

Além desses documentos, se o segurado desejar solicitar o adicional de 25% para assistência permanente de outra pessoa, ele deve anexar um pedido específico no Meu INSS e passar por uma nova perícia médica. O adicional não é repassado para dependentes em caso de falecimento do segurado.

Com todas essas informações em mãos e um acompanhamento médico adequado, o segurado pode garantir seus direitos e evitar possíveis cortes indevidos no benefício. Caso tenha dúvidas, buscar orientação junto ao INSS ou a um advogado especializado pode ser a melhor solução.

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