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Novo projeto com apoio do MEC pode pagar R$ 80 MIL para inscritos: veja como se cadastrar

O MEC está apoiando um projeto do Itaú que pode conceder pagamentos de até R$ 80 mil para inscritos que forem aprovados.

Na pré-escola, as crianças vivem uma fase crucial de desenvolvimento cognitivo e social, por isso, as experiências pedagógicas precisam ir além do lúdico e incluir conteúdos fundamentais para o futuro acadêmico e, consequentemente, desenvolvimento no mercado de trabalho.

A matemática, nesse contexto, deve ser apresentada de forma natural, inserida em atividades cotidianas que façam sentido para os pequenos. Iniciativas que promovem esse tipo de abordagem não apenas contribuem para o desempenho escolar a longo prazo, como também reduzem desigualdades.

Por essa razão, ampliar o letramento matemático infantil tornou-se uma prioridade entre especialistas e órgãos públicos. O envolvimento direto do Ministério da Educação (MEC) em ações que incentivam projetos voltados para esse fim evidencia a urgência em transformar práticas pedagógicas.

O MEC e o Itaú se juntaram para propagar um novo programa social.
O MEC e o Itaú se juntaram para propagar um novo programa social. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

MEC e Itaú oferecem R$ 80 mil para projetos de matemática

O MEC, em colaboração com o Itaú Social, lançou um edital inédito para apoiar projetos que incentivam o letramento matemático na pré-escola, com premiações que podem chegar a até R$ 80 mil. A iniciativa busca fortalecer práticas pedagógicas inovadoras dentro da rede pública de ensino infantil.

O edital, divulgado no início de maio, estabelece critérios claros de seleção, privilegiando projetos que tenham impacto comprovado e alinhamento com a BNCC. A proposta divide-se em duas modalidades distintas, pensadas para abranger diferentes estágios de desenvolvimento dos projetos:

A primeira é a modalidade Reconhecimento, voltada para ações que já estejam em funcionamento e apresentem resultados positivos no letramento matemático. Os projetos selecionados nessa categoria receberão até R$ 10 mil e terão seus métodos compartilhados em uma coletânea pedagógica.

A segunda modalidade, chamada Fomento, destina-se a iniciativas em desenvolvimento ou inéditas, desde que vinculadas a instituições públicas de educação infantil. Nesses casos, os projetos escolhidos poderão receber até R$ 80 mil, além de suporte técnico e pedagógico contínuo oferecido pelo Itaú Social.

A exigência é que essas propostas tenham previsão de conclusão até julho de 2026, o que garante tempo hábil para implementação, avaliação e possível replicação em outras unidades escolares. Outros detalhes podem ser acompanhados no edital: https://www.itausocial.org.br/editais/

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Quem pode se inscrever no projeto do MEC e do Itaú?

O edital possui um escopo amplo de participação, o que favorece a diversidade de experiências e pontos de vista dentro da educação infantil. Podem se inscrever profissionais da educação, como professores, coordenadores e gestores escolares que atuam diretamente nas redes públicas.

Além disso, universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil e até iniciativas de extensão e iniciação científica estão autorizadas a participar, desde que o foco esteja centrado no letramento matemático na pré-escola.

Essa abordagem plural reforça a importância da articulação entre teoria e prática na construção de projetos educativos mais robustos. Estudantes de graduação, especialmente os que cursam licenciatura, também encontram no edital uma oportunidade de aplicar seus conhecimentos em situações reais.

Além disso, pesquisadores e professores universitários encontram espaço para transformar estudos e investigações acadêmicas em ações concretas dentro das escolas. O edital também valoriza propostas colaborativas entre diferentes instituições, incentivando parcerias entre academia e rede pública.

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Como se inscrever no programa?

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio da Plataforma de Editais da Fundação Itaú, até o dia 6 de junho. O processo exige que os candidatos preencham um formulário eletrônico detalhado, com informações sobre o projeto, seus objetivos, público-alvo, metodologia…

Também é necessário anexar documentos que comprovem o vínculo com instituições de ensino ou organizações participantes, além de materiais de apoio que ajudem na avaliação da proposta.

Os critérios de avaliação levam em consideração aspectos como originalidade, relevância pedagógica, impacto social e adequação às diretrizes da BNCC. Projetos que apresentem estratégias para reduzir desigualdades educacionais e estimular o interesse das crianças pela matemática são prioritários.

A comissão avaliadora será composta por especialistas em educação infantil, matemática e políticas públicas, o que garante rigor técnico e diversidade de olhares na análise. Após o encerramento das inscrições, os projetos passarão por etapas classificatórias, até a divulgação dos resultados em setembro.

Os contemplados na modalidade Fomento receberão, além dos recursos financeiros, orientações constantes de acompanhamento pedagógico. Já os escolhidos na categoria Reconhecimento terão seus projetos amplamente divulgados, contribuindo para o compartilhamento das técnicas.

Dados sobre desfalque na matemática são preocupantes

A defasagem no aprendizado matemático dos estudantes brasileiros começa ainda nos primeiros anos de escolaridade e compromete o desempenho nas etapas seguintes. Como tudo se trata de progressão, quem se perde no começo tem chance de não conseguir acompanhar mais para frente.

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) revelam que apenas 27% dos alunos do Brasil atingem o nível mínimo de proficiência em matemática. Esse índice é muito inferior à média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 69%.

Mais alarmante ainda é o fato de que apenas 1% dos estudantes brasileiros alcança os níveis 5 ou 6 de proficiência, onde se espera que o aluno resolva problemas complexos e avalie estratégias com autonomia, tendo capacidade de pensar sozinho.

Nos países da OCDE, esse índice chega a 9%, o que demonstra que o Brasil precisa agir de forma mais incisiva desde a educação infantil. O MEC reconhece que esse cenário não pode ser revertido sem investimentos em etapas fundamentais como a pré-escola, onde o pensamento lógico se forma.

A Base Nacional Comum Curricular já aponta que o contato com noções matemáticas deve ocorrer logo nos primeiros anos, por meio de atividades que envolvam contagem, ordenação, comparação de medidas e reconhecimento de formas geométricas.

Quando os alunos têm essa base sólida, os desafios futuros tornam-se mais fáceis de enfrentar. Portanto, fortalecer o ensino de matemática na pré-escola, com apoio técnico e financeiro, representa um caminho decisivo para melhorar os resultados do país no longo prazo.

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