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BRICS tem rede própria de universidades e 20 delas são brasileiras: veja como funciona!

O BRICS está em constante expansão e, agora, novas universidades se juntam à rede de instituições ligadas ao bloco.

O BRICS reúne cinco grandes economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Criado como um agrupamento estratégico de cooperação política, econômica e acadêmica, o bloco busca fortalecer o multilateralismo, equilibrar as relações globais e promover o desenvolvimento sustentável.

Ao longo dos anos, o BRICS ampliou sua atuação para além do campo econômico, tornando-se uma plataforma de intercâmbio científico, tecnológico e cultural. Dessa forma, os países-membros têm estabelecido iniciativas em áreas como inovação, saúde, segurança, infraestrutura e educação superior.

O grupo passou a incluir parcerias com outras nações em desenvolvimento e, mais recentemente, expandiu sua agenda internacional com projetos colaborativos, como a Rede de Universidades BRICS, também conhecida como Brics Network University (Brics-NU).

A UFMG é uma das novas universidades a integrarem a lista do BRICS.
A UFMG é uma das novas universidades a integrarem a lista do BRICS. / Fonte: Foca Lisboa / UFMG

BRICS tem rede de universidades em vários países

A Brics Network University (Brics-NU) funciona como uma plataforma de colaboração entre instituições de ensino superior dos países membros e seus parceiros estratégicos. Criada em 2015, essa rede busca promover projetos conjuntos de pesquisa, intercâmbio acadêmico e programas educacionais inovadores.

A iniciativa vem ganhando destaque por fomentar a mobilidade estudantil, fortalecer as pós-graduações e incentivar o diálogo entre universidades de diferentes continentes. Com a recente expansão do BRICS, novas universidades foram integradas à rede, ampliando o alcance da cooperação acadêmica no mundo.

Durante reunião virtual realizada no dia 12 de maio, o Conselho Internacional de Governança (IGB) da Brics-NU formalizou a atualização da lista de instituições participantes, com o apoio do Ministério da Educação do Brasil e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A nova distribuição inclui países-membros originais e os recém-adicionados, totalizando o seguinte número de universidades por país:

  • Brasil: 20 instituições
  • Rússia: 20 instituições
  • China: 20 instituições
  • Egito: 20 instituições
  • Irã: 19 instituições
  • África do Sul: 14 instituições
  • Emirados Árabes Unidos: 12 instituições
  • Índia: 12 instituições

Com essa configuração, o Brasil assegura representação em todos os 11 grupos temáticos da rede, cobrindo áreas como Ciências da Computação, Estudos dos BRICS, Ecologia, Economia, Ciências da Saúde, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Humanas e Agricultura Sustentável.

O país também sugeriu ampliar o limite máximo de instituições por nação de 20 para 22, proposta aprovada durante o encontro. Assim, cada país poderá designar até duas universidades por área temática, ampliando as oportunidades de cooperação.

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UFMG deve integrar a lista em breve

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi uma das 20 instituições brasileiras selecionadas para compor oficialmente a rede Brics-NU. A escolha ocorreu por meio do edital nº 8/2025 da Capes, que avaliou propostas de universidades com base em critérios técnicos e estratégicos.

Embora não haja repasse imediato de recursos, a pré-seleção da UFMG garante sua habilitação para participar de futuras chamadas de fomento, além de facilitar o intercâmbio de pesquisadores e estudantes com as demais instituições da rede.

A UFMG foi selecionada para atuar na área de Ciências Humanas e Sociais, um dos 11 temas trabalhados pela Brics-NU. A seleção inclui universidades de diversas regiões brasileiras, promovendo equilíbrio geográfico e temático.

Foram escolhidas nove instituições do Sudeste, cinco do Nordeste, quatro do Sul e duas do Centro-Oeste, com presença em capitais e cidades do interior. Além disso, metade das propostas aprovadas foram lideradas por pró-reitoras mulheres, evidenciando o compromisso com a diversidade.

A participação da UFMG na rede reforça o papel estratégico das universidades federais na agenda internacional de cooperação do Brasil. A integração com a Brics-NU permitirá que a instituição atue em projetos de pesquisa multilaterais, proponha cursos conjuntos, participe de revistas científicas e políticas.

Além disso, as universidades brasileiras poderão explorar oportunidades de diplomação múltipla, especialmente nos cursos de mestrado. A presença ativa da UFMG, portanto, amplia a visibilidade da ciência brasileira e consolida sua relevância no cenário acadêmico global.

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Entendendo a influência do BRICS

A criação da Brics-NU exemplifica como o BRICS vai além das questões econômicas e passa a exercer influência estratégica sobre a produção de conhecimento e inovação. Ao fomentar a colaboração entre universidades, o grupo fortalece a formação de pesquisadores e o intercâmbio de experiências.

Essa rede também facilita a criação de soluções conjuntas para desafios globais, como as mudanças climáticas, a segurança alimentar e a transformação digital, com base em perspectivas diversas, vindas de contextos sociais e culturais distintos.

A influência do BRICS no campo da educação se materializa com a expansão do número de instituições participantes e das áreas temáticas trabalhadas. Inicialmente, a rede operava com seis temas principais, mas em 2024 passou a incluir cinco novas áreas.

O fortalecimento do Brasil dentro dessa rede também reafirma o interesse nacional em diversificar suas parcerias internacionais sem comprometer alianças já consolidadas. Ao integrar a Brics-NU, as universidades brasileiras ampliam sua inserção global, ganhando protagonismo na educação.

A atuação do MEC, da Capes e das instituições de ensino participantes demonstra o comprometimento do país com uma agenda educacional que prioriza a cooperação, a excelência e a inovação no ambiente universitário global.

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