Consignado do INSS tem novas regras? Fique de olho e saiba como aproveitar
Com o novo salário mínimo, a margem do consignado do INSS aumentou. Veja os novos valores e saiba como os juros mais altos afetam os beneficiários.
As mudanças no salário mínimo em 2025 trouxeram reflexos diretos para aposentados e pensionistas que utilizam o crédito consignado do INSS.
Com o novo valor definido pelo governo federal, a margem consignável foi ajustada, permitindo que os beneficiários tenham acesso a parcelas maiores.
Além disso, houve uma alteração no teto de juros para essa modalidade de empréstimo, o que impacta o custo total do crédito.
Diante dessas mudanças, é importante entender como essas atualizações afetam as condições de contratação e como os segurados podem se organizar financeiramente.
Como o novo salário mínimo afeta o crédito consignado?
Desde 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo subiu de R$ 1.412,00 para R$ 1.518,00. Com essa alteração, a margem consignável — que determina o limite da renda que pode ser comprometida com empréstimos — também foi reajustada.
A porcentagem da margem consignável permaneceu a mesma, ou seja, 35% do benefício pode ser utilizado para empréstimos.
No entanto, com o novo piso salarial, o valor absoluto da parcela mensal aumentou, permitindo que os beneficiários do INSS comprometam até R$ 531,30 por mês, um acréscimo de R$ 37,10 em relação ao limite anterior.
Esse reajuste amplia o acesso ao crédito, o que pode ser positivo para quem precisa de recursos extras. Contudo, especialistas reforçam a necessidade de usar o crédito com cautela, evitando comprometer excessivamente o benefício mensal.
“Os aposentados e pensionistas terão acesso a uma maior oferta de crédito. No entanto, é fundamental utilizar esse recurso de forma responsável, priorizando a regularização da situação financeira”, afirma Eduardo Josef Wigman, diretor de produtos financeiros da plataforma de crédito meutudo.
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Novo teto de juros para o empréstimo consignado do INSS
Outra mudança importante para os segurados do INSS foi o reajuste do teto de juros do crédito consignado, que subiu para 1,80% ao mês.
No caso do Cartão de Crédito Consignado e do Cartão Benefício, o limite de juros foi mantido em 2,46% ao mês.
Essa alteração acontece em um momento de aumento da Taxa Selic, que subiu de 10,50% para 12,25% ao ano em 2024.
O Banco Central já indicou que pode haver novos ajustes, e a taxa pode chegar a 13,25% nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com a elevação dos juros, os segurados precisam comparar as taxas oferecidas pelos bancos antes de contratar um empréstimo.
Para isso, o aplicativo Meu INSS permite verificar os percentuais praticados pelas instituições financeiras e realizar portabilidade para bancos que oferecem condições mais vantajosas.
Como consultar as taxas e condições do consignado?
Os aposentados e pensionistas podem acessar o Meu INSS (disponível via site e aplicativo) para conferir:
- As taxas de juros cobradas por cada instituição financeira;
- O valor da margem consignável disponível para contratação de empréstimos;
- A possibilidade de portabilidade do empréstimo para outro banco com condições mais vantajosas.
Além disso, as aposentadorias e pensões do INSS são pagas por bancos que participam de um leilão da folha de pagamento, realizado a cada cinco anos. Esse processo define quais instituições ficarão responsáveis por realizar os pagamentos dos benefícios aos segurados.
O que considerar antes de contratar um crédito consignado?
Com a alta dos juros e o reajuste da margem consignável, muitos aposentados e pensionistas podem se sentir tentados a contratar um novo empréstimo ou refinanciar os contratos existentes. No entanto, antes de tomar essa decisão, é importante considerar alguns pontos:
- Avalie a real necessidade do empréstimo: o crédito consignado pode ser uma solução em momentos de urgência, mas deve ser usado de forma planejada.
- Compare as taxas entre os bancos: o Meu INSS permite que os segurados verifiquem as melhores condições antes de contratar o empréstimo.
- Evite comprometer grande parte da renda: o ideal é garantir que o valor das parcelas não prejudique o orçamento mensal.
- Fique atento às ofertas de refinanciamento: muitas instituições oferecem condições aparentemente vantajosas, mas que podem resultar em prazos mais longos e custos maiores.
O INSS orienta que os segurados consultem sempre os canais oficiais para evitar golpes e contratações desvantajosas.