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Escala 6×1: ministro do Trabalho e Emprego defende transição para modelo 5×2; entenda

O projeto pelo fim da escala 6×1 está avançando cada vez mais rápido e já ganhou o apoio até mesmo de Luiz Marinho, atual ministro do Trabalho.

Milhões de brasileiros ainda enfrentam escalas de trabalho exaustivas. Dados mostram que, dos mais de 33 milhões de trabalhadores que cumprem de 41 a 44 horas semanais no país, grande parte atua sob a chamada escala 6×1, na qual o empregado trabalha seis dias consecutivos e folga apenas um.

Esse modelo, bastante comum em setores como comércio, serviços e indústria, reflete uma estrutura laboral que muitos já consideram ultrapassada e prejudicial. Não à toa, uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro revelou que 57% da população defende o fim dessa escala.

Ao mesmo tempo, 65% dos entrevistados acreditam que sua substituição por uma jornada mais equilibrada pode ampliar a oferta de empregos e melhorar as relações de trabalho, tornando os empregados ainda mais comprometidos e girando a economia.

COm o fim da escala 6x1, milhares de brasileiros poderiam finalmente ter mais tempo de qualidade.
Com o fim da escala 6×1, milhares de brasileiros poderiam finalmente ter mais tempo de qualidade. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Ministro do Trabalho declara apoio ao fim da escala 6×1

O debate sobre a reformulação da jornada de trabalho ganhou força após declarações do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante uma sessão na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. Na ocasião, Marinho afirmou que o modelo atual baseado na escala 6×1 é cruel.

O ministro defendeu sua substituição por um formato mais equilibrado, como o 5×2, em que o trabalhador atua cinco dias e descansa dois. A fala marcou um posicionamento claro do governo federal, que já estuda mudanças estruturais nas leis trabalhistas para adequar a carga horária às novas realidades.

Segundo Marinho, embora alguns setores econômicos exijam funcionamento contínuo, como transporte, hospitalidade e saúde, é perfeitamente possível implementar essa mudança por meio de negociações coletivas, ouvindo todos os lados igualmente.

Ele ressaltou que cada categoria pode construir acordos específicos com base nas suas particularidades e necessidades operacionais, respeitando os limites legais e assegurando os direitos dos trabalhadores. Com isso, o governo pretende estimular um modelo mais justo e flexível.

Além disso, o ministro destacou que o segmento do comércio é um dos mais afetados pela escala 6×1 e que os trabalhadores dessa área são os que mais reclamam da falta de folgas regulares. A proposta de alteração visa justamente corrigir esse desequilíbrio e oferecer condições mais humanas para todos.

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Entendendo o projeto que quer por fim à escala 6×1

O fim da escala 6×1 não se resume apenas a um discurso político. Um dos principais projetos é a proposta de emenda à Constituição apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que pretende reduzir a jornada semanal de 44 para 40 horas.

Isso possibilitaria novas estruturas de folga e maior tempo livre para os trabalhadores. Esse movimento legislativo reforça a urgência de uma atualização nas regras laborais, que ainda refletem uma lógica industrial do século passado.

Além disso, a proposta de mudança surge em um momento estratégico para o governo federal, que busca recuperar sua imagem pública após o desgaste provocado pelas denúncias de fraudes no INSS. Ao investir em pautas populares, o Palácio do Planalto tenta se reconectar com a população.

O avanço do debate também é favorecido por um cenário econômico mais estável, conforme destacado pelo ministro Luiz Marinho. Ele afirmou que o Brasil já possui maturidade econômica suficiente para suportar uma redução gradual da carga horária sem comprometer a produtividade das empresas.

Com o apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à pauta, a expectativa é de que novas discussões avancem nos próximos meses, com possível participação ativa das centrais sindicais e do setor empresarial em mesas de negociação.

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Justificativas para uma mudança na escala de trabalho

  • A escala 6×1 compromete o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, afetando diretamente a convivência familiar e o lazer.
  • Jornadas longas e seguidas sem descanso suficiente elevam os índices de estresse, burnout e outros problemas de saúde mental entre os trabalhadores.
  • Pesquisas apontam que reduzir os dias de trabalho pode aumentar a produtividade, pois empregados descansados tendem a ser mais eficientes.
  • A mudança para o modelo 5×2 pode gerar mais postos de trabalho, já que as empresas precisariam contratar mais pessoas para manter a operação contínua.
  • Diversos países que adotaram semanas reduzidas observaram melhorias no bem-estar da população e na economia local.
  • O novo modelo pode facilitar a inclusão de trabalhadores em diferentes turnos, promovendo maior flexibilidade e adaptação às rotinas individuais.
  • A reforma da jornada também ajuda a combater práticas abusivas e excessos cometidos por empregadores que desrespeitam os limites legais de trabalho.
  • Com mais tempo livre, os trabalhadores podem investir em qualificação profissional, gerando impacto positivo na carreira e no mercado.
  • A proposta atende às demandas sociais por maior valorização do descanso e do tempo fora do ambiente de trabalho, refletindo tendências globais.

Essa discussão, portanto, não se limita a uma pauta trabalhista, mas toca em questões sociais amplas, envolvendo saúde, bem-estar, empregabilidade e desenvolvimento sustentável.

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