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Idade mínima para aposentadoria sobe em 2026 e exige atenção de quem pretende parar de trabalhar logo

O avanço gradual da reforma da previdência traz novos requisitos de idade e pontuação, impactando diretamente o calendário de quem está perto de se aposentar.

Planejar a aposentadoria no Brasil se tornou uma tarefa que exige calendário e calculadora na mão. Desde que a reforma da previdência entrou em vigor, as regras mudam um pouquinho todo ano, e 2026 não será diferente.

Quem está na contagem regressiva precisa ficar de olho no dia 31 de dezembro de 2025. Essa data é o marco para quem ainda consegue se aposentar com as exigências atuais antes que os requisitos fiquem mais rigorosos.

Se você não completar os requisitos até o último dia deste ano, o esforço para pendurar as chuteiras terá que ser um pouco maior. Isso acontece porque o sistema de transição foi feito para subir gradualmente, evitando um choque imediato, mas exigindo mais tempo de contribuição ou idade a cada virada de janeiro.

Muita gente acredita que basta completar o tempo de serviço, mas a realidade atual do INSS envolve uma combinação de fatores. A idade mínima e o sistema de pontos são os principais obstáculos para quem deseja o descanso remunerado.

Entender essas mudanças é essencial para não ser pego de surpresa com uma negativa do governo ou um valor de benefício abaixo do esperado. O cenário para 2026 traz atualizações importantes que afetam tanto homens quanto mulheres em todo o país.

O que muda na idade mínima progressiva

A regra da idade mínima é uma das mais diretas e atinge em cheio quem começou a trabalhar mais tarde. A cada ano que passa, o governo acrescenta seis meses à exigência anterior, até que se atinja um teto estabelecido pela lei.

Em 2025, as mulheres precisam ter pelo menos 59 anos para acessar essa modalidade específica, enquanto os homens precisam de 64 anos. Assim que o relógio marcar meia-noite no ano novo de 2026, esses números sobem para 59 anos e seis meses para elas e 64 anos e seis meses para eles.

Essa escada continua subindo até que a idade final se estabilize em 62 anos para o público feminino e 65 anos para o masculino. Para quem está no limite da idade, perder o prazo de 2025 significa ter que trabalhar pelo menos mais um semestre inteiro para ter direito ao pedido.

A regra dos pontos e a nova pontuação de 2026

Além da idade seca, existe a famosa regra dos pontos, que nada mais é do que a soma da sua idade com o seu tempo total de contribuição. É um sistema que costuma favorecer quem começou a trabalhar bem cedo, mesmo que ainda não tenha uma idade tão avançada.

Atualmente, em 2025, a soma necessária é de 92 pontos para as mulheres e 102 pontos para os homens. Em 2026, o sarrafo sobe novamente: será preciso atingir 93 pontos e 103 pontos, respectivamente, para garantir a aprovação do benefício por esse caminho.

Imagine um trabalhador que somaria 102 pontos exatamente em dezembro de 2025. Se ele deixar para dar entrada em janeiro, os mesmos 102 pontos já não serão suficientes, obrigando-o a contribuir por mais tempo para alcançar a nova meta.

O tempo de contribuição continua sendo essencial

Mesmo com o foco na idade, o tempo de carteira assinada ou de pagamentos como autônomo não perdeu a importância. Para entrar nas regras de transição citadas, existe um tempo mínimo de contribuição que deve ser respeitado rigorosamente.

As mulheres precisam comprovar, no mínimo, 30 anos de pagamentos à previdência social. Já para os homens, o período exigido é de pelo menos 35 anos. Sem atingir esses marcos, não adianta ter a idade mínima, pois o sistema não libera a aposentadoria pelas regras de transição.

É muito comum encontrar pessoas que possuem a idade, mas falham por alguns meses no tempo de contribuição. Nesses casos, vale fazer uma varredura no passado para ver se existem períodos trabalhados que não constam no sistema, como tempo de serviço militar ou trabalho rural.

Planejamento para quem deseja se aposentar em breve

Com as mudanças batendo à porta, o passo mais inteligente é acessar o simulador oficial disponível nos canais digitais do governo. Ele costuma dar uma visão clara de quanto tempo falta, mas atenção: o simulador nem sempre lê períodos especiais ou processos trabalhistas vencidos.

Se você notar que preenche os requisitos agora, não há motivo para esperar a virada do ano. O direito adquirido garante que, se você completou as metas dentro de 2025, poderá se aposentar com as regras deste ano, mesmo que faça o pedido meses depois.

Por outro lado, quem percebe que só conseguirá atingir as metas em 2026 já deve se preparar psicologicamente e financeiramente para o novo cenário. Manter as contribuições em dia e sem interrupções é a única forma de garantir que o acesso ao benefício não atrase ainda mais do que o previsto pela lei.

Cuidados ao solicitar o benefício

Muitas pessoas acabam perdendo dinheiro por pressa ou falta de informação ao dar entrada no processo. É fundamental conferir se todo o histórico de trabalho está correto no sistema do governo, o que evita exigências documentais de última hora.

Se houver períodos de trabalho em condições prejudiciais à saúde, esse tempo pode contar de forma diferente, ajudando a atingir a pontuação necessária mais rápido. Analisar cada detalhe do extrato de contribuições é o que separa uma aposentadoria tranquila de uma dor de cabeça burocrática.

Acompanhar essas atualizações de perto é a melhor maneira de proteger o seu futuro. Afinal, cada mês de trabalho planejado corretamente reflete diretamente na qualidade de vida que você terá no momento de descansar.

Janaína Silva

Amante da leitura desde sempre, encontrei nas palavras um refúgio e uma forma poderosa de expressão. Escrever é, para mim, uma paixão que se renova a cada página, a cada história contada. Gosto de transformar ideias em textos que tocam, informam e inspiram. Entre livros, pensamentos e emoções, sigo cultivando o prazer de comunicar com autenticidade.

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