Bolsa Família

Imigrantes e estrangeiros podem receber benefício social do governo

O governo está concedendo um benefício social para imigrantes e demais estrangeiros que precisem de ajuda para se manter no país

Imigrar para outro país exige coragem, resiliência e muita adaptação. Longe de casa, os imigrantes enfrentam desafios que vão desde barreiras linguísticas até a dificuldade de acesso a moradia, emprego e serviços públicos.

Além disso, a ausência de uma rede de apoio agrava a vulnerabilidade social, tornando o recomeço ainda mais difícil. Diante desse cenário, o acolhimento e as políticas públicas tornam-se fundamentais para garantir dignidade, inclusão e estabilidade financeira.

Nesse contexto, o Brasil vem se destacando por adotar medidas que fortalecem a proteção social e ampliam oportunidades para estrangeiros que buscam reconstruir suas vidas. A ampliação do acesso aos programas sociais representa um passo importante rumo a uma integração mais humana.

Os imigrantes que estão em situação de vulnerabilidade também têm direitos no Brasil.
Os imigrantes que estão em situação de vulnerabilidade também têm direitos no Brasil. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Governo oferece benefício para imigrantes

O governo brasileiro decidiu ampliar o alcance de seus programas sociais, incluindo imigrantes e refugiados em situação de vulnerabilidade no Bolsa Família. A medida tem como principal objetivo promover inclusão e oferecer suporte financeiro a famílias estrangeiras que enfrentam dificuldades.

Essa iniciativa reflete o compromisso do Brasil com os direitos humanos e com a integração social de quem busca refúgio e novas oportunidades em território nacional. Ao garantir um auxílio mensal de até R$ 680, o governo reforça a importância de tratar os imigrantes com equidade.

A ação é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) em parceria com a Operação Acolhida, programa humanitário responsável por receber venezuelanos e outros migrantes que chegam ao país.

Essa articulação permite o cadastro dos imigrantes no Cadastro Único (CadÚnico), sistema essencial para acessar benefícios sociais, inclusive o Bolsa Família. Até setembro de 2025, mais de 9,5 mil famílias refugiadas e migrantes já haviam sido incluídas no CadÚnico.

O impacto social da medida já pode ser observado em histórias reais de transformação. Um exemplo é o de Gilberto Carpintero, refugiado venezuelano e pai solo de três filhos, que passou a receber o Bolsa Família após ser acolhido pela Operação Acolhida.

O benefício permitiu que ele comprasse remédios, materiais escolares e livros para os filhos, promovendo acesso à educação e qualidade de vida. Casos como o dele mostram que o suporte financeiro é essencial para garantir autonomia e dignidade, oferecendo novas perspectivas para quem enfrenta esse desafio.

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Regras do Bolsa Família para imigrantes

Os imigrantes que desejam receber o Bolsa Família devem estar cadastrados no CadÚnico, que funciona como porta de entrada para os programas sociais brasileiros. Para garantir um atendimento mais acessível, o governo criou Postos de Triagem (PTRIG) em cidades estratégicas.

Elas incluem Boa Vista e Pacaraima, com equipes bilíngues preparadas para orientar e registrar as famílias estrangeiras. Essa estrutura facilita o processo de inclusão e assegura que mesmo quem não domina o português consiga compreender as etapas do cadastro.

Além dos PTRIG, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) também oferecem acompanhamento e suporte técnico aos migrantes durante todo o processo. A cooperação entre o MDS e organismos internacionais garante que as ações tenham respaldo técnico e humanitário.

Essa parceria fortalece o compromisso do Brasil com as políticas de proteção social e promove uma rede de apoio sólida. Para ser elegível ao benefício, a família deve ter renda mensal de até R$ 218 por pessoa, comprovando a situação de vulnerabilidade.

O valor mensal do benefício varia conforme o número de integrantes e as necessidades específicas de cada família. Em média, o Bolsa Família pode chegar a R$ 680 mensais, valor suficiente para auxiliar no pagamento de alimentação, medicamentos e despesas básicas.

Além do auxílio direto, os migrantes cadastrados passam a ter acesso a outros programas sociais vinculados ao CadÚnico, o que amplia as oportunidades de inserção e fortalece o processo de integração social.

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Como solicitar o benefício?

Para solicitar o Bolsa Família, os imigrantes devem procurar um Posto de Triagem (PTRIG) ou o CRAS mais próximo. Nessas unidades, as equipes realizam o cadastro no CadÚnico, etapa indispensável para ter acesso ao benefício.

É fundamental apresentar documentos de identificação válidos, como passaporte, protocolo de refúgio ou Registro Nacional Migratório (RNM), além de comprovantes de residência e composição familiar. Em casos de dificuldade com o idioma, há tradutores e mediadores culturais disponíveis para auxiliar.

Após o cadastro, as informações passam por análise e, se aprovadas, a família passa a integrar a lista de beneficiários. Os pagamentos são feitos mensalmente por meio da Caixa Econômica Federal, com movimentação disponível pelo aplicativo Caixa Tem.

A plataforma permite consultar o saldo, acompanhar os repasses e realizar saques de forma prática. Esse sistema digital facilita o acesso ao benefício, principalmente para famílias que ainda estão em processo de adaptação e precisam de soluções simples e acessíveis.

Além de garantir suporte financeiro imediato, o Bolsa Família oferece aos imigrantes a chance de retomar projetos pessoais e profissionais com mais segurança. O benefício possibilita que as famílias invistam em educação, saúde e alimentação, fortalecendo o vínculo com o país.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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