Atenção: maio é o ÚLTIMO mês com repasses de um importante extra do Bolsa Família; entenda

A partir de junho, o principal extra do Bolsa Família vai deixar de existir completamente por já ter cumprido seu papel social inicial.

O Bolsa Família representa um dos principais programas de transferência de renda do país, voltado à promoção da segurança alimentar, da inclusão social e do combate à pobreza extrema. Por isso ele possui regras de acompanhamento, não apenas faz os repasses dos valores.

Lançado para assegurar uma renda básica às famílias em situação de vulnerabilidade, o programa atua com base no Cadastro Único e oferece benefícios financeiros ajustados conforme a composição e a renda de cada núcleo familiar. Ao longo do tempo, o Bolsa Família evoluiu ainda mais.

Seu desenho permite adaptação à realidade socioeconômica brasileira, garantindo estabilidade para milhões de cidadãos em meio a variações de emprego e renda. Com valores atualizados e critérios claros, ele segue como pilar fundamental de justiça social, sendo aprimorado continuamente.

Maio é o último mês do extra do Bolsa Família

O pagamento do extra do Bolsa Família, conhecido como Benefício Extraordinário de Transição (BET), será encerrado em maio, marcando o fim de uma etapa específica do programa. Esse repasse complementar, criado em 2023, garantia que nenhuma família recebesse menos do que era pago pelo Auxílio Brasil.

Assim, sempre que o cálculo do novo benefício resultava em um valor menor, o BET cobria a diferença, assegurando estabilidade financeira às famílias. Em sua fase final, o BET atende aproximadamente 166 mil famílias, o que representa apenas 0,8% do total de beneficiários ativos no Bolsa Família atualmente.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) reforça que essas famílias não serão excluídas do programa com o fim do benefício. Elas continuarão recebendo os valores de acordo com as regras atualizadas, sem prejuízo no total final do auxílio.

A redução progressiva no número de famílias que precisavam do BET mostra que a maioria já passou a receber mais com o cálculo do novo modelo. Esse movimento comprova a eficácia das novas diretrizes do programa, que passaram a considerar com mais precisão o perfil socioeconômico das famílias.

Como o cálculo do benefício funciona?

O valor do Bolsa Família é calculado a partir de componentes distintos. Primeiramente, aplica-se o Benefício Renda de Cidadania, no valor de R$ 142 por pessoa da família. Depois, somam-se os adicionais previstos para determinados grupos.

Para crianças de zero a seis anos, o programa inclui o Benefício Primeira Infância, que garante R$ 150 por criança nessa faixa etária. Em seguida, o cálculo considera o Benefício Variável Familiar, que oferece R$ 50 para cada gestante, nutriz ou criança e adolescente entre sete e 18 anos da casa.

Caso a soma dos valores não atinja R$ 600 por domicílio, o programa inclui o Benefício Complementar, assegurando o mínimo garantido por núcleo familiar. Essa metodologia garante personalização e justiça na distribuição dos recursos, respeitando as diferentes composições familiares existentes no país.

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Por que o extra do Bolsa Família vai acabar?

A criação do extra do Bolsa Família, o BET, aconteceu em um contexto específico: a transição entre o Auxílio Brasil e o novo Bolsa Família. Naquele momento, o governo precisava evitar perdas financeiras imediatas para as famílias beneficiadas, principalmente enquanto o novo modelo ainda se ajustava.

Por isso, o BET foi instituído como uma rede de proteção temporária, com o objetivo de assegurar a continuidade da renda até a consolidação das regras definitivas. Desde então, o MDS avalia, mês a mês, a real necessidade de manter esse benefício, verificando se os novos cálculos já garantem valores iguais.

Com base nos dados atualizados, o ministério identificou que a maioria das famílias já recebe bons valores. Além disso, o número de beneficiários do BET caiu de 233 mil em junho de 2023 para cerca de 166 mil em maio de 2025, enquanto o valor investido recuou de R$ 12 milhões para R$ 7,9 milhões.

Esses dados comprovam que o BET cumpriu sua missão durante o ciclo completo de 24 meses, correspondente ao período de atualização cadastral do CadÚnico. Assim, a decisão de encerrar o benefício em maio segue critérios técnicos, econômicos e sociais.

O encerramento do BET não representa uma retirada de direitos, e sim o fim de uma etapa transitória. A atual estrutura do Bolsa Família oferece valores-base maiores e um conjunto robusto de adicionais, que garantem proteção e estabilidade financeira mesmo sem o repasse complementar.

O novo modelo torna o programa mais sustentável, direcionando os recursos públicos de forma eficiente e permitindo a ampliação de políticas públicas de inclusão. Com isso, o fim do BET acompanha o amadurecimento do Bolsa Família e reflete uma gestão mais moderna e adaptada à realidade atual.

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Os outros adicionais vão ser mantidos?

Sim, todos os demais adicionais do Bolsa Família continuam ativos e fazem parte da estrutura permanente do programa. Eles são calculados com base nas características específicas de cada família, garantindo atendimento diferenciado a quem mais precisa. Veja abaixo os adicionais mantidos:

• Benefício Primeira Infância: R$ 150 para cada criança de zero a seis anos. Este adicional garante suporte essencial para a fase mais crítica do desenvolvimento infantil, colaborando com a nutrição, saúde e bem-estar da criança.
• Benefício Variável Familiar: R$ 50 por gestante, nutriz, criança ou adolescente entre sete e 18 anos. Este valor complementa o orçamento familiar em momentos cruciais, como gravidez, amamentação ou fase escolar.
• Benefício Complementar: aplicado quando a soma de todos os outros benefícios da família não atinge R$ 600. Ele garante o valor mínimo necessário por núcleo familiar, mesmo em lares com poucos membros.
• Benefício Renda de Cidadania: R$ 142 por pessoa da família, sendo o componente fixo e base para o cálculo do benefício mensal. Ele considera toda a composição familiar para definir o total de repasse.

A manutenção desses adicionais reforça o compromisso do programa com a proteção social ampla e contínua. Ao considerar o número de dependentes, a faixa etária e as condições de saúde da família, o Bolsa Família constrói uma rede de apoio sólida, adaptada às necessidades reais dos beneficiários.

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