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Mistério das visitas do CadÚnico nas casas de quem mora sozinho revelado: entenda!

Os profissionais do CadÚnico estão fazendo visitas regulares aos beneficiários que vivem sozinhos com apenas um objetivo: é bom tomar cuidado.

O CadÚnico, ou Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, é a principal ferramenta para identificar famílias em situação de vulnerabilidade social no Brasil. Com base nesse registro, o governo consegue organizar, planejar e executar políticas públicas voltadas às camadas mais pobres.

O sistema concentra dados essenciais como composição familiar, renda mensal, escolaridade, condições de moradia e situação de trabalho, servindo como referência para a concessão de benefícios como o Bolsa Família, o BPC, a Tarifa Social de Energia Elétrica e outros programas assistenciais.

Para garantir a precisão das informações, o CadÚnico exige atualização periódica e verificação de dados sempre que necessário. Em 2025, o governo federal iniciou uma reformulação nos cadastros das chamadas famílias unipessoais, ou seja, compostas por apenas uma pessoa.

As visitas do CadÚnico para unipessoais são comuns em certas situações.
As visitas do CadÚnico para unipessoais são comuns em certas situações. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Por que o CadÚnico está visitando famílias unipessoais?

O número de famílias unipessoais registradas no CadÚnico cresceu de forma acelerada nos últimos anos, levantando suspeitas sobre possíveis irregularidades nos dados informados. Para combater fraudes, o governo federal instituiu visitas domiciliares obrigatórias a esse grupo específico.

Com base no Decreto nº 12.417, sancionado em março de 2025, essas entrevistas passaram a ser exigência formal para novos cadastros e atualizações de famílias compostas por apenas uma pessoa. A decisão surgiu após auditorias apontarem que parte do aumento desses registros podem ser fraude.

Durante as visitas, assistentes sociais realizam uma verificação direta da condição de moradia e da composição familiar real, com o objetivo de confirmar se a pessoa de fato vive sozinha e se preenche os critérios para o recebimento dos benefícios.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social destacou que muitas dessas irregularidades envolvem pessoas que se separam artificialmente de seus núcleos familiares apenas para se enquadrar como unipessoais e, assim, receber mais benefícios por meio do CadÚnico.

A ação visa corrigir distorções e tornar o sistema mais confiável e eficaz. Segundo o governo, o foco está em assegurar que os programas sociais sejam sustentáveis a longo prazo e mantenham o compromisso com os brasileiros em situação de real vulnerabilidade.

A visita técnica permite que o Estado obtenha um retrato mais preciso dessas famílias, garantindo que os dados não apenas estejam corretos, mas também reflitam as reais necessidades de cada cidadão atendido. Com essa medida, o governo espera evitar abusos e ampliar a credibilidade do governo.

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Como essas entrevistas domiciliares funcionam?

As entrevistas são conduzidas por assistentes sociais ou agentes de campo do CRAS, que atuam diretamente nas comunidades para garantir a veracidade das informações prestadas no CadÚnico. Essas visitas podem ocorrer mediante agendamento prévio no próprio CRAS.

O objetivo é manter um padrão de avaliação justo e eficiente, levando em conta tanto aspectos objetivos quanto subjetivos da condição social do cidadão. Além de confirmar dados cadastrais, os agentes observam indicadores de vulnerabilidade social.

Durante a entrevista, o agente analisa a estrutura do imóvel, o tipo de habitação, o acesso a serviços básicos como água e esgoto, e a presença de bens de consumo essenciais. Também verifica se há alimentação adequada, acesso à saúde, educação e a presença de sinais de isolamento social.

A coleta dessas informações permite ao governo traçar um perfil mais completo do cidadão e tomar decisões baseadas em evidências reais, não apenas em dados autodeclarados. A presença ou ausência de familiares, mesmo que não residam formalmente no domicílio, também entra na análise.

Para facilitar o processo, é importante que o cidadão tenha em mãos documentos como RG, CPF, comprovante de residência e, se aplicável, comprovante de renda. Esses documentos auxiliam na verificação dos dados e garantem que a atualização ocorra de forma ágil.

Além disso, os dados informados devem coincidir com a realidade observada pelo agente durante a visita. Qualquer discrepância poderá levar à revisão do cadastro ou à necessidade de uma nova verificação. O procedimento, embora rigoroso, é necessário para manter a integridade do CadÚnico.

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Beneficiário pode perder seu registro com essas visitas?

Sim. Caso o beneficiário recuse a visita domiciliar ou não realize a atualização de dados dentro do prazo estabelecido, ele poderá ter seu cadastro suspenso no CadÚnico e, consequentemente, seus benefícios bloqueados por tempo indeterminado.

O governo determinou que, após três tentativas de visita sem sucesso ou em caso de recusa explícita, o cidadão terá 90 dias para regularizar a situação. Caso não o faça, o cadastro é inativado e os pagamentos dos programas sociais são interrompidos.

Além disso, famílias unipessoais agora estão obrigadas a realizar a atualização cadastral a cada seis meses, em vez de uma vez por ano, como acontece com outros perfis familiares. A nova exigência surgiu devido ao alto índice de inconsistências nesse tipo de arranjo e à necessidade de controle mais rigoroso.

A atualização periódica permite acompanhar eventuais mudanças na situação socioeconômica do cidadão e evitar fraudes por omissão de dados. Esse acompanhamento semestral torna o sistema mais dinâmico e condizente com a realidade das populações atendidas.

Quais benefícios o unipessoal recebe pelo CadÚnico?

  • Bolsa Família: Cidadãos que vivem sozinhos e têm renda mensal per capita de até R$ 218 podem ser incluídos no programa, recebendo o valor mínimo de R$ 600 mensais.
  • Auxílio Gás dos Brasileiros: Concedido bimestralmente, o benefício cobre integralmente o valor médio de um botijão de gás de 13 kg, garantindo segurança alimentar e energética.
  • Tarifa Social de Energia Elétrica: Redução de até 65% no valor da conta de luz, aplicada automaticamente às famílias cadastradas, conforme o consumo mensal.
  • Benefícios eventuais municipais: Incluem cestas básicas, auxílio-aluguel, auxílio-funeral, kits de higiene e atendimento emergencial, de acordo com a legislação de cada município.
  • Programas de habitação popular: Prioridade no acesso a iniciativas de moradia subsidiada, especialmente para idosos, pessoas com deficiência e cidadãos em situação de rua.
  • Atualização semestral obrigatória: Exigida para manter os benefícios ativos, a revalidação garante que os dados reflitam fielmente a realidade e evite suspensões.

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