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Você pode estar perdendo dinheiro esquecido: use seu CPF para saber se tem o que receber!

O dinheiro esquecido ainda está disponível para consulta e saque, mas quem ainda não retirou pode estar perdendo a oportunidade de uma renda extra.

Milhões de brasileiros desconhecem a existência de valores que, ao longo do tempo, permaneceram parados em contas bancárias, consórcios ou outras instituições financeiras. Ou seja, é como se fosse o restinho de algum valor que você esqueceu de retirar em algum momento.

Esse recurso, popularmente chamado de “dinheiro esquecido”, refere-se a valores que não foram movimentados por longos períodos e acabaram sendo transferidos para o Sistema de Valores a Receber (SVR), uma plataforma criada pelo Banco Central para facilitar o resgate dessas quantias.

Embora muitas pessoas não saibam, essas quantias pertencem aos próprios cidadãos e empresas, aguardando apenas uma solicitação para retorno. Por isso, entender o funcionamento do sistema, os prazos e as etapas para consulta e saque é essencial para que ninguém deixe de recuperar o que é seu.

Você ainda não sacou o dinheiro esquecido? Pare de perder tempo e corra!
Você ainda não sacou o dinheiro esquecido? Pare de perder tempo e corra! / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Como o Sistema Valores a Receber funciona?

O Sistema de Valores a Receber foi desenvolvido para permitir que cidadãos e empresas consultem rapidamente se possuem quantias financeiras esquecidas em instituições. Ele opera de forma totalmente online, o que proporciona praticidade e agilidade no acesso às informações.

Ao centralizar os dados em uma plataforma oficial, o BC garante segurança durante a verificação e o eventual resgate dos valores. Esse sistema abrange recursos que não foram reclamados por longos períodos e estavam parados nas instituições financeiras.

O funcionamento do SVR inclui agendamentos com base no CPF ou CNPJ. Além disso, a plataforma exige o uso de conta gov.br com nível prata ou ouro para autenticação. Essa exigência aumenta a proteção dos dados e impede fraudes, garantindo que apenas os verdadeiros titulares possam sacar os valores.

O sistema também possibilita que herdeiros legais consultem os recursos de pessoas falecidas, mediante apresentação de documentação adequada. O processo é simples e intuitivo, permitindo que qualquer pessoa com acesso à internet realize a consulta de maneira rápida.

De onde pode vir o dinheiro esquecido?

  • Tarifas bancárias cobradas indevidamente e não devolvidas
  • Contas correntes ou poupanças inativas
  • Cotas de consórcio encerrados com saldo residual
  • Parcelas ou recursos de empréstimos quitados antecipadamente
  • Valores de instituições financeiras encerradas
  • Recursos esquecidos por falecidos, acessíveis por herdeiros legais

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Até quando posso sacar o dinheiro esquecido?

Inicialmente, o Banco Central havia definido uma data-limite para o resgate dos valores: 16 de outubro de 2024. No entanto, essa regra foi revista pelo Ministério da Fazenda. Após reavaliação, decidiu-se que não haverá mais um prazo final para o resgate, ou seja, os valores estarão disponíveis de forma indefinida.

A inexistência de prazo final também representa uma estratégia eficaz para evitar sobrecarga no sistema e filas digitais nos períodos de maior demanda. Isso permite que os acessos sejam distribuídos ao longo do tempo, facilitando a navegação e reduzindo erros durante o processo.

Portanto, o cidadão pode acessar o SVR em qualquer momento, bastando seguir os passos exigidos pela plataforma. Ainda assim, recomenda-se que o processo de consulta e saque seja realizado o quanto antes, garantindo que os valores retornem ao seu proprietário com rapidez.

Quais os valores disponíveis para saque?

Segundo o balanço mais recente divulgado pelo Banco Central, ainda há R$ 9,13 bilhões disponíveis para saque no SVR. Esse montante foi contabilizado até março deste ano e permanece à espera dos respectivos titulares.

Dentre esse total, R$ 6,9 bilhões pertencem a cerca de 42 milhões de pessoas físicas, demonstrando a abrangência do serviço e o potencial de impacto na vida financeira desses cidadãos. Além disso, há R$ 2,1 bilhões que podem ser resgatados por aproximadamente 4,3 milhões de empresas.

Cabe lembrar que esses números são atualizados regularmente, refletindo os saques realizados e novos valores identificados. Portanto, é fundamental consultar o sistema periodicamente, pois podem surgir novos valores a qualquer momento.

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Como consultar o dinheiro esquecido?

Consultar valores no SVR é um processo fácil e prático. O usuário deve acessar o site oficial do Banco Central. No site, basta clicar em “Consulte valores a receber”, preencher os dados solicitados e seguir as instruções exibidas na tela.

Em caso de existência de valores, o sistema orientará sobre o próximo passo, que envolve o login via conta gov.br nível prata ou ouro. Após o login, o sistema informará a data agendada para visualização dos valores e solicitação da transferência.

Essa data é definida com base no CPF ou na data de criação da empresa. No dia indicado, basta retornar ao site, realizar novo acesso e concluir a solicitação de devolução dos valores. Caso o usuário perca a data agendada, ele pode acessar novamente o site e receber uma nova data.

Como sacar o dinheiro esquecido?

Para que o valor seja efetivamente devolvido, é necessário fornecer uma chave PIX válida no momento da solicitação. Caso o titular ainda não possua uma chave cadastrada, ele deverá entrar em contato com a instituição financeira responsável pelo valor para combinar outro meio de recebimento.

Outra alternativa é criar uma chave PIX, acessar novamente o SVR e refazer a solicitação. O sistema só libera os valores mediante essa autenticação. Esse mecanismo também dificulta tentativas de fraude, garantindo que apenas o verdadeiro titular receba os valores devidos.

Por fim, é importante manter os dados atualizados no gov.br e revisar periodicamente a plataforma. O dinheiro esquecido pode surgir em diferentes momentos e fontes, e estar atento às possibilidades garante que nenhum valor se perca no tempo.

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