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Qual a frequência escolar do Bolsa Família? O que acontece se não atingir?

Muitos beneficiários com filhos ainda não sabem qual a frequência escolar do Bolsa Família e o que acontece se o filho não cumprir com ela.

O Bolsa Família é um dos programas sociais mais relevantes do Brasil e atua como uma ferramenta essencial de combate à pobreza e à desigualdade. Além dos pagamentos, ele tem algumas exigências para corroborar com a qualidade de vida das famílias.

Voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica, o benefício proporciona um auxílio financeiro mensal que ajuda na complementação da renda e na garantia de condições mínimas de sobrevivência. No entanto, o programa não se limita ao repasse de dinheiro.

Ele exige contrapartidas nas áreas de saúde e educação, o que fortalece o acesso a direitos básicos e estimula o desenvolvimento social dos beneficiários. Por isso, conhecer os critérios e as obrigações do programa é fundamental para quem deseja manter o auxílio em dia.

Ainda não sabe qual a frequência escolar do Bolsa Família? Confira os detalhes.
Ainda não sabe qual a frequência escolar do Bolsa Família? Confira os detalhes. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quais as regras gerais do Bolsa Família?

Para participar do Bolsa Família, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com dados atualizados nos últimos dois anos. A renda mensal por pessoa da família não pode ultrapassar o valor estabelecido pelo programa.

Além disso, a composição familiar é considerada, incluindo número de crianças, gestantes e idosos, o que influencia no cálculo do valor recebido. O benefício é estruturado com base em diferentes parcelas, como a de renda básica, adicional para crianças e adolescentes, gestantes e mulheres que amamentam.

Esses adicionais tornam o Bolsa Família mais adaptado à realidade de cada núcleo familiar. Com isso, o programa se apresenta como uma política pública robusta e sensível às demandas específicas das famílias em vulnerabilidade.

Atualização do CadÚnico

Manter o Cadastro Único atualizado representa uma das principais obrigações das famílias beneficiárias. Sempre que houver mudanças de endereço, composição familiar, renda ou escola das crianças, a atualização deve ser feita diretamente no CRAS.

Essa medida evita a suspensão indevida do pagamento e garante a continuidade dos repasses mensais. A cada dois anos, mesmo que nada tenha mudado, é necessário confirmar os dados, pois o sistema considera inativos os cadastros desatualizados, o que pode gerar o bloqueio automático do benefício.

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Qual a frequência escolar do Bolsa Família?

A exigência de frequência escolar mínima compõe uma das condicionalidades do Bolsa Família, reforçando o compromisso do programa com a educação infantil e juvenil. Os responsáveis precisam garantir que crianças e adolescentes frequentem regularmente a escola para manter o benefício.

No caso de estudantes com idade entre 4 e 5 anos, o mínimo exigido é de 60% de presença nas aulas. Já para aqueles com idades entre 6 e 18 anos incompletos, a exigência sobe para 75% de frequência mensal. O controle dessa presença ocorre por meio do Sistema Presença, plataforma administrada pelo MEC.

As escolas de todas as redes — municipais, estaduais, federais e até privadas — são responsáveis pelo registro da frequência dos estudantes beneficiários. Embora o coordenador municipal de educação do programa centralize esse processo, as escolas podem registrar diretamente os dados no sistema.

O que acontece com os alunos que não mantêm a frequência?

O não cumprimento da frequência escolar mínima pode resultar no bloqueio, suspensão ou até cancelamento do benefício. Isso ocorre porque a política do Bolsa Família busca garantir não só o apoio financeiro, mas também o acesso contínuo à educação.

Ao verificar ausências frequentes, o sistema emite alertas, e os órgãos responsáveis acompanham a situação das famílias. Se o problema persistir, o pagamento é interrompido até que haja uma justificativa plausível e uma retomada da frequência exigida.

O acompanhamento acontece cinco vezes ao ano, o que permite identificar com agilidade os casos de descumprimento. Assim, mesmo uma melhora posterior na frequência pode não evitar o bloqueio, caso o histórico registre muitas faltas em períodos anteriores.

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Perdi o benefício por não cumprir a frequência, e agora?

Se o benefício foi suspenso devido ao não cumprimento da frequência escolar, o primeiro passo é procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo. Lá, a família deverá apresentar justificativas que expliquem as ausências dos estudantes, como atestados médicos.

Além disso, é necessário regularizar a situação escolar da criança ou adolescente, garantindo que ele volte a frequentar a escola com a assiduidade exigida. Em muitos casos, o próprio CRAS ou a escola pode oferecer orientações para que a família consiga superar as dificuldades que levaram à ausência.

O processo de reativação pode levar até 45 dias, e durante esse período a família deve manter os dados atualizados no CadÚnico. O acompanhamento contínuo junto à escola e ao CRAS aumenta as chances de sucesso no pedido de regularização e evita novos bloqueios.

Quando volto a receber o pagamento depois de regularizar?

Assim que o governo aprovar a reativação do benefício, a família volta a receber o pagamento no mês seguinte à regularização. Isso significa que, uma vez aceitas as justificativas das ausências e registrada a retomada da frequência escolar adequada, o valor será creditado normalmente na conta.

O Ministério da Educação, por meio do Sistema Presença, informa à base do Cadastro Único que a situação foi regularizada. Assim, o repasse retorna sem necessidade de novo cadastro. Vale lembrar que a responsabilidade de manter os compromissos educacionais e atualizar dados continua obrigatória.

Posso sacar o do mês anterior?

Sim, é possível sacar o pagamento referente ao mês anterior, caso ele tenha sido bloqueado e posteriormente liberado. No entanto, esse saque precisa ser feito presencialmente em uma agência da Caixa Econômica Federal, mediante apresentação de documento de identidade e cartão do benefício.

O valor permanece disponível por tempo limitado, e, por isso, é importante se informar sobre o prazo para saque assim que o benefício for reativado. Além disso, o beneficiário pode confirmar a liberação dos valores por meio do aplicativo do Bolsa Família ou consultando o extrato nas agências da Caixa.

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