Descontos podem chegar a 65% na fatura mensal para famílias de baixa renda; saiba como o cadastro automático funciona e o que pode impedir o seu benefício.
Com a chegada de 2026, muitas famílias buscam formas de enxugar os gastos fixos. Um dos maiores aliados nesse objetivo é a Tarifa Social de Energia Elétrica, um benefício que reduz significativamente o valor da conta de luz.
O desconto é progressivo e depende de quanto a família consome por mês. Para quem gasta pouco e mantém o consumo sob controle, a economia pode ser a diferença entre fechar o mês no azul ou no vermelho.
Hoje em dia, a inscrição na Tarifa Social costuma ser automática. O sistema do governo cruza os dados do Cadastro Único com os das distribuidoras de energia para aplicar o desconto.
No entanto, essa automação nem sempre funciona perfeitamente. Se o seu CPF na conta de luz não for o mesmo que está no CadÚnico, ou se o endereço estiver diferente, o benefício pode não ser aplicado.
Verificar se o desconto está aparecendo na sua fatura é um cuidado simples que pode poupar muito dinheiro ao longo do ano de 2026.
Como funcionam as faixas de desconto
O desconto da Tarifa Social é calculado de acordo com o consumo mensal da residência. Quanto menos energia você gasta, maior é a porcentagem de abatimento no valor da conta.
Para quem consome até 30 kWh por mês, o desconto é o máximo: 65%. É uma redução enorme que faz a conta chegar a valores muito baixos.
Na faixa de consumo entre 31 kWh e 100 kWh, o desconto cai para 40%. Já para quem gasta entre 101 kWh e 220 kWh, o abatimento é de 10%.
Acima de 220 kWh por mês, a família perde o direito ao desconto naquele período específico. Por isso, controlar o uso de aparelhos que gastam muita energia, como chuveiro elétrico e ferro de passar, é essencial.
Famílias indígenas e quilombolas têm regras ainda mais vantajosas, podendo chegar a 100% de desconto se o consumo for baixo.
O que fazer se o desconto não aparecer
Se você cumpre os requisitos de renda (até meio salário mínimo por pessoa) e o desconto não está vindo na conta, o primeiro passo é conferir seu cadastro.
Vá até a distribuidora de energia da sua região com o seu NIS e o CPF em mãos. Peça para conferir se os dados da unidade consumidora batem exatamente com os dados do seu registro social.
Muitas vezes, a conta de luz está no nome do proprietário da casa alugada, e não no nome de quem recebe o benefício. Nesses casos, é preciso solicitar a troca de titularidade da conta.
Manter o endereço atualizado no CRAS também é fundamental. Se o governo acha que você mora na rua X e a conta de luz está na rua Y, o sistema não faz a conexão automática.
Pequenos detalhes como esses garantem que o seu direito seja respeitado e que você comece 2026 com mais folga no orçamento.
