Pode usar o FGTS para pagar dívidas? Veja quais os usos possíveis para seu dinheiro!
Quem quer usar o FGTS para pagar dívidas deve entender quais são as modalidades disponíveis para saque e então solicitar quando conseguirem.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) representa uma reserva financeira obrigatória, criada para proteger o trabalhador demitido sem justa causa. Depositado mensalmente pelo empregador, o valor equivale a 8% do salário do empregado e fica acumulado em uma conta vinculada.
Além disso, o FGTS pode ser utilizado em diversas situações específicas, como na compra da casa própria, no tratamento de doenças graves ou na aposentadoria. Por isso é importante existir diferentes modalidades, liberando os valores em momentos específicos.
Com a criação de novos modelos de acesso, o fundo se tornou também uma alternativa prática para quitar dívidas. Por isso, compreender como utilizar corretamente o FGTS tornou-se essencial para quem busca estabilidade financeira.

Neste artigo, você vai ver:
Tem como usar o FGTS para pagar dívidas?
Sim, é possível usar o FGTS para pagar dívidas, especialmente por meio do novo modelo de crédito consignado lançado pelo governo. Essa modalidade permite ao trabalhador utilizar parte do saldo do fundo como garantia para a contratação de um empréstimo, com parcelas descontadas na folha.
O objetivo é oferecer uma alternativa mais econômica e segura para reorganizar as finanças. Além de juros reduzidos, essa estrutura garante maior controle e previsibilidade no pagamento, já que as parcelas são fixas e limitadas a um percentual da renda mensal.
Como funciona o novo crédito do fundo de garantia?
O novo crédito consignado com FGTS funciona com a possibilidade de comprometer até 35% do salário mensal para o pagamento das parcelas, sendo 30% destinados ao empréstimo e 5% reservados para o cartão consignado. Além disso, até 10% do saldo disponível no fundo pode ser usado como garantia.
Em caso de demissão, 100% da multa rescisória do FGTS também pode ser utilizada para quitar o saldo devedor. Essa combinação oferece maior segurança para a instituição financeira e condições mais vantajosas para o trabalhador.
Outro diferencial desse novo modelo é a supervisão do Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado, que estabelece normas e define limites máximos para os juros cobrados. Essa regulamentação fortalece a transparência do processo e protege o consumidor contra abusos.
A partir de 25 de abril, trabalhadores que já possuem empréstimos consignados poderão migrar para esse novo formato e aproveitar as vantagens oferecidas. Com isso, o uso do FGTS para pagar dívidas torna-se uma ferramenta eficaz, desde que empregada com responsabilidade e planejamento adequado.
Saiba mais: INSS liberou o décimo terceiro mais cedo! Veja quando os pagamentos começam a ser entregues – Bolsa Família
Quais as demais modalidades do FGTS?
O FGTS oferece diferentes formas de saque, cada uma voltada a uma finalidade específica. Entender essas possibilidades permite ao trabalhador usar o fundo de maneira estratégica e consciente, respeitando os critérios definidos em lei.
- Saque-rescisão é a forma mais tradicional e ocorre quando o trabalhador é demitido sem justa causa. Nesse caso, ele pode retirar todo o valor disponível na conta vinculada, incluindo a multa de 40% paga pelo empregador.
- Saque-aniversário, por sua vez, permite a retirada de parte do saldo do fundo anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, com alíquotas que variam conforme o valor total disponível. No entanto, quem opta por essa modalidade perde o direito ao saque-rescisão por tempo determinado.
- Saque para compra da casa própria também está entre as finalidades mais conhecidas. O trabalhador pode utilizar o FGTS como entrada na aquisição de imóvel, na amortização de parcelas ou até na quitação do financiamento habitacional.
- Saque por doença grave ou aposentadoria autoriza o uso do fundo em situações de saúde delicadas ou quando o trabalhador atinge o tempo necessário para encerrar a vida laboral.
- Saque por calamidade pública, como em casos de enchentes e desastres naturais, também está previsto, desde que o município de residência tenha decreto oficial de emergência reconhecido pelo governo federal.
Além dessas opções, o FGTS pode ser usado em programas de crédito consignado, como o novo modelo que vincula o fundo ao pagamento de dívidas. Com tantas alternativas, o trabalhador precisa avaliar cuidadosamente cada situação e escolher a modalidade mais compatível com suas necessidades pessoais.
Como consultar quanto tenho disponível no FGTS?
Consultar o saldo do FGTS é um processo simples e rápido, disponível por diferentes canais. O método mais acessível é o aplicativo FGTS, disponível para Android e iOS, que permite verificar o valor atualizado em cada conta vinculada ao CPF.
Basta fazer o login com os dados da conta Gov.br e, em poucos cliques, o trabalhador visualiza todos os depósitos realizados e o saldo total. Além disso, o aplicativo oferece informações detalhadas sobre o saque-aniversário, opções de crédito e mensagens da Caixa Econômica Federal.
Outra forma de consultar o saldo é pelo site da Caixa, utilizando o número do NIS (PIS/PASEP) e uma senha cadastrada. O portal também permite a atualização de dados cadastrais e a simulação de saques. Para quem prefere atendimento por telefone, a Caixa disponibiliza o número 0800 726 0207.
É importante manter os dados atualizados junto à Caixa para garantir o recebimento de notificações sobre depósitos e liberações de saque. O sistema permite o envio de SMS informando novos créditos na conta vinculada, o que facilita o controle financeiro.
Veja outros: MEI que não entregar o DASN-SIMEI este ano vai ter problemas; veja quais! – Bolsa Família