Será que é golpe? Saiba identificar chamadas verdadeiras do seu banco e proteja-se!
Milhares de pessoas recebem ligações diariamente de fraudadores se passando por seus bancos para tentar arrancar dinheiro através de algum golpe.
No Brasil, o volume de ligações automáticas realizadas por mês ultrapassa a marca de 20 bilhões, sendo que pelo menos metade delas, cerca de 10 bilhões, são feitas por robôs. Isso equivale a mais de 23 mil chamadas por segundo, o que transforma o país em um dos principais alvos do golpe do telefone.
Essas chamadas, na maioria das vezes curtas — algumas com menos de seis segundos —, representam uma porta de entrada para ações fraudulentas, especialmente aquelas que simulam centrais de atendimento bancárias. Os golpistas aproveitam esse ambiente para se infiltrar.
Assim, cresce o número de vítimas que caem em fraudes que se passam por contatos oficiais de instituições financeiras. Entender como essas fraudes funcionam e aprender a se proteger se tornou uma necessidade urgente para qualquer pessoa que possua conta bancária ou cartão de crédito.

Neste artigo, você vai ver:
Como funciona o golpe das ligações automáticas?
O golpe da falsa central de atendimento é uma das fraudes mais comuns praticadas por telefone no Brasil atualmente. Ele começa com uma ligação automática, em que um criminoso se apresenta como funcionário de uma instituição bancária.
Na maioria das vezes, o golpista informa à vítima que identificou uma atividade suspeita em sua conta e, para “resolver o problema”, solicita a confirmação de dados pessoais e bancários. Essa abordagem cria um senso de urgência e confunde a vítima, que acaba cedendo as informações solicitadas.
Como os golpistas enganam as vítimas?
Para enganar com eficiência, os criminosos utilizam uma técnica chamada spoofing, que mascara o número de origem da chamada, fazendo parecer que ela vem de um número legítimo do banco. Isso aumenta significativamente a credibilidade da ligação.
Além disso, os golpistas costumam ter acesso a alguns dados básicos da vítima, como nome completo e CPF, o que reforça a sensação de que o contato é verdadeiro. Em muitos casos, eles chegam a orientar a vítima a desligar e ligar de volta para um suposto número oficial, que também é golpe.
Esses criminosos são altamente organizados e utilizam scripts detalhados para manter o discurso alinhado com os protocolos de atendimento bancário. Muitas vezes, a conversa é conduzida de forma convincente e cordial, dificultando que a vítima perceba qualquer anormalidade.
Quando conseguem acesso a senhas, números de cartão ou dados da conta, os golpistas realizam transações fraudulentas em poucos minutos, causando prejuízos financeiros imediatos. Por isso, compreender as estratégias utilizadas e saber identificar sinais de alerta é fundamental.
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Quais bancos são os mais afetados pelo golpe?
Os bancos com maior base de clientes no Brasil costumam ser os principais alvos dos golpistas, justamente pelo alto potencial de vítimas. Instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú frequentemente emitem alertas para seus clientes sobre tentativas de fraude.
O volume de notificações e casos registrados levou essas instituições a reforçarem seus sistemas de segurança e investirem em campanhas de conscientização, alertando sobre os riscos de fornecer informações por telefone.
Essas campanhas educativas incluem orientações claras: os bancos não solicitam senhas, códigos de segurança ou dados completos de cartões por telefone. Além disso, os canais oficiais costumam oferecer meios seguros para verificar comunicações e transações.
Ainda assim, os criminosos conseguem se aproveitar do desconhecimento ou da desatenção de muitos clientes para aplicar os golpes com sucesso. Em um cenário de chamadas automáticas em massa, o risco de que uma dessas ligações seja maliciosa aumenta consideravelmente.
O que fazer se for vítima desse tipo de golpe?
Se alguém cair nesse golpe, o primeiro passo é agir imediatamente. O ideal é entrar em contato com o banco por meio dos canais oficiais e relatar a fraude. Solicitar o bloqueio imediato de cartões, senhas e contas ajuda a minimizar os prejuízos.
Em seguida, é necessário registrar um boletim de ocorrência na delegacia, preferencialmente especializada em crimes cibernéticos. Esse registro formaliza o crime e pode ser útil em ações futuras de ressarcimento ou investigação.
Além disso, a vítima deve monitorar atentamente seus extratos bancários e relatórios de crédito nos meses seguintes. Qualquer movimentação estranha deve ser comunicada ao banco de forma imediata, até para que haja a devolução de dinheiro, se for o caso.
Também é recomendado alterar todas as senhas usadas em serviços financeiros e, se possível, ativar notificações de transações para acompanhar em tempo real o uso da conta. Embora os bancos ofereçam suporte, muitas vítimas só conseguem parte do valor de volta.
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Dicas para se proteger das fraudes de ligações
- Nunca forneça senhas por telefone: Independentemente do que for dito na ligação, nenhum banco solicita senhas ou códigos de verificação por telefone. Essa informação deve ser mantida sempre em sigilo.
- Verifique o número da ligação: Desconfie de chamadas de números desconhecidos ou que tentem se passar por centrais de atendimento. Em caso de dúvida, desligue e ligue você mesmo para o número oficial do banco, informado no cartão ou site da instituição.
- Não clique em links recebidos por SMS ou e-mail: Muitos golpes se iniciam por mensagens que acompanham ligações fraudulentas. Evite acessar links enviados por canais não verificados.
- Ative notificações de movimentações bancárias: Esse recurso permite acompanhar qualquer transação em tempo real. Assim, é possível detectar e contestar atividades suspeitas de forma rápida.
- Mantenha seus dados sempre atualizados nos canais oficiais: Atualize seu cadastro apenas por meios oficiais. Isso ajuda o banco a proteger melhor sua conta e enviar alertas diretamente para você, por canais verificados.
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