BPC em 2026: o que muda no pedido e na revisão do benefício para idosos e deficientes
Regras de renda e composição familiar seguem como principais critérios; saiba como o novo salário mínimo impacta o valor recebido e como evitar suspensões.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) entra em 2026 como uma das colunas mais importantes da proteção social no Brasil. Ele garante um salário mínimo mensal para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência.
Diferente da aposentadoria comum, o BPC não exige contribuição ao INSS. No entanto, ele exige que a renda da família seja muito baixa, respeitando o limite de um quarto do salário mínimo por pessoa.
Com o reajuste do salário mínimo previsto para 2026, o valor do benefício também sobe automaticamente. Isso traz um alívio importante para quem usa esse dinheiro para custear moradia e cuidados médicos.
No entanto, o governo federal deve manter um ritmo acelerado de revisões cadastrais. O objetivo é confirmar se as condições que deram origem ao benefício ainda existem.
Para quem recebe o BPC, 2026 será um ano de atenção redobrada aos avisos de convocação para perícia médica ou atualização no CadÚnico.
O impacto do novo salário mínimo no bolso
Como o BPC é sempre igual ao valor do salário mínimo nacional, o reajuste de janeiro de 2026 impacta diretamente o poder de compra dos beneficiários.
Embora o aumento seja bem-vindo, ele também altera o cálculo da renda familiar para novos pedidos. Se o salário mínimo sobe, o limite de “um quarto do salário” também muda.
Isso pode permitir que famílias que antes estavam um pouco acima do limite agora consigam se enquadrar nas regras do programa.
É importante lembrar que o BPC não dá direito ao 13º salário e não deixa pensão por morte. Por ser um benefício assistencial, ele cessa com o falecimento do titular.
Mesmo assim, ele continua sendo a principal ferramenta de combate à pobreza extrema entre idosos e pessoas com deficiência física ou mental.
Como se preparar para a revisão em 2026
A revisão do BPC costuma focar em dois pontos: a renda da família e, no caso de deficientes, a condição de saúde.
Mantenha todos os laudos médicos, receitas e exames realizados em 2025 bem guardados. Se você for chamado para uma perícia em 2026, ter documentos recentes é meio caminho andado para manter o benefício.
No lado cadastral, qualquer pessoa que more na casa e tenha começado a trabalhar deve ser informada. O sistema do INSS cruza dados com o Ministério do Trabalho constantemente.
Se o governo descobrir que a renda da casa subiu e você não avisou, o benefício pode ser suspenso imediatamente, com pedido de devolução dos valores recebidos “a mais”.
A transparência e a organização dos documentos são as melhores formas de garantir que o seu direito não seja interrompido no novo ano que se inicia.





