Golpe da devolução do Pix: entenda como funciona e o que fazer para se livrar sem riscos
O novo golpe da devolução do Pix está fazendo diversas vítimas que, desavisadas, acabam sendo acusadas no lugar dos criminosos, perdendo dinheiro.
O Pix transformou a forma como os brasileiros fazem transferências e pagamentos, oferecendo praticidade, agilidade e disponibilidade em tempo real, inclusive aos fins de semana e feriados. Ou seja, é uma ferramenta que não para mesmo quando os bancos param.
Desde o seu lançamento, esse sistema desenvolvido pelo Banco Central se tornou amplamente popular por dispensar intermediários e permitir transações com apenas uma chave cadastrada, como CPF, número de celular ou e-mail.
No entanto, com a disseminação desse meio de pagamento, também cresceram os casos de fraudes que tentam explorar usuários menos atentos. Uma dessas fraudes recentes, conhecida como golpe da devolução do Pix, tem feito muitas vítimas em todo o país.

Neste artigo, você vai ver:
Como o golpe da devolução do Pix funciona?
O golpe da devolução do Pix se baseia em uma estratégia simples, mas muito eficaz: o criminoso faz uma transferência de baixo valor para a vítima, fingindo que foi um engano. Em seguida, entra em contato e solicita a devolução, mas indica uma chave Pix diferente daquela usada na transferência.
A vítima, muitas vezes querendo apenas corrigir um suposto erro, faz um novo Pix, sem saber que está caindo em um esquema criminoso. Após isso, o golpista aciona o banco e utiliza o Mecanismo Especial de Devolução (MED), alegando que foi vítima de fraude, e solicita o estorno do valor original.
Como o valor devolvido foi enviado a uma nova chave, o banco não reconhece a transação como devolução e aciona o MED para reembolsar o suposto pagador. Com isso, o dinheiro sai novamente da conta da vítima, que já havia enviado o valor por engano.
Dessa forma, o criminoso lucra duas vezes: recebe a transferência voluntária da vítima e ainda consegue a restituição por meio do MED. Essa combinação de manipulação emocional, urgência e desconhecimento sobre os protocolos do sistema bancário é o que torna o golpe tão eficaz.
O maior problema está na aparência legítima da situação. O valor baixo, o contato educado e a explicação convincente fazem a vítima acreditar que está apenas corrigindo um erro. Por isso, especialistas em segurança digital alertam que o melhor caminho é a precaução.
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Como identificar o golpe?
Detectar o golpe da devolução do Pix exige atenção e cautela em qualquer movimentação suspeita. A primeira dica é desconfiar sempre que receber uma transferência inesperada, ainda mais se o valor for baixo e vier acompanhada de um pedido imediato de devolução.
Normalmente, os golpistas tentam criar senso de urgência para pressionar a vítima a agir rapidamente, sem checar os dados da transação. Outro sinal claro de fraude é o pedido para que a devolução seja feita a uma chave Pix diferente da que realizou o envio original.
Nenhuma devolução deve ser feita manualmente, muito menos para uma conta que não está diretamente envolvida na transação inicial. Em qualquer situação de erro, a devolução correta deve ser feita utilizando apenas a função “Devolver” disponível no aplicativo bancário.
Como fazer a devolução do Pix corretamente?
- Acesse a área Pix do aplicativo do banco.
- Vá até o extrato e localize a transferência recebida.
- Selecione o valor e clique na opção “Devolver”.
- Confirme os dados do remetente original.
- Finalize a devolução pelo próprio sistema.
Essa é a única forma segura de garantir que o valor volte diretamente para quem enviou, sem abrir brechas para golpes. Jamais envie dinheiro por outra chave, mesmo que a pessoa insista ou diga que houve erro.
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O que fazer se for vítima do golpe da devolução do Pix?
Caso perceba que foi alvo do golpe da devolução do Pix, a primeira ação deve ser comunicar imediatamente o banco. A instituição pode registrar a ocorrência e iniciar um processo de análise interna. Quanto mais rápido for o contato, maiores são as chances de impedir o criminoso.
Além disso, é fundamental registrar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, seja presencialmente ou por meio da delegacia eletrônica do seu estado. Esse registro formal fortalece a possibilidade de investigação e pode servir como documento em uma eventual ação judicial.
Tem como recuperar o dinheiro perdido?
A devolução dos valores só acontece se o banco identificar que houve uma fraude comprovada e se os recursos ainda estiverem disponíveis na conta do golpista. Se o dinheiro já tiver sido sacado ou transferido para terceiros, a recuperação se torna mais difícil.
Por isso, agir rapidamente e fornecer todas as informações é essencial. Em alguns casos, o banco pode acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar recuperar os valores, mas isso depende da análise individual de cada instituição financeira.
O MED é uma ferramenta importante, mas precisa ser usada corretamente e apenas em situações legítimas. Para evitar prejuízos maiores, a melhor medida é sempre adotar práticas de prevenção e jamais devolver valores por impulso ou sem verificação rigorosa.
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