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Golpe do INSS mira em beneficiários do BPC: saiba como se proteger!

O novo golpe do INSS que está fazendo centenas de vítimas dessa vez foca no BPC, benefício para idosos e PCDs de baixa renda.

O Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC, é um importante instrumento de amparo social voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade no Brasil. Destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de qualquer idade, garante um salário mínimo mensal de R$ 1.518.

Por não exigir contribuição prévia ao INSS, esse benefício representa a única fonte de renda para milhões de brasileiros em extrema pobreza. No entanto, essa condição de fragilidade tem sido explorada por criminosos que se aproveitam da baixa instrução e da falta de acesso à informação dos segurados.

Entender como funciona o golpe do INSS, como se proteger e o que as autoridades têm feito é fundamental para conter esse tipo de crime e garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa. Além disso, ajuda a evitar que mais crimes ocorram.

O golpe do INSS está fazendo vítimas vulneráveis que recebem o BPC.
O golpe do INSS está fazendo vítimas vulneráveis que recebem o BPC. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Criminosos focam no BPC com novo golpe do INSS

O golpe do INSS que mira beneficiários do BPC vem se espalhando por diversas regiões do país, aproveitando-se da fragilidade e da urgência que muitos enfrentam para receber o benefício. Os alvos principais são idosos e pessoas com deficiência, geralmente com baixa escolaridade.

Os golpistas se apresentam como supostos representantes do INSS e entram em contato diretamente com as vítimas, por meio de ligações telefônicas ou mensagens via WhatsApp. Durante essas abordagens, os criminosos afirmam que o benefício foi bloqueado ou está prestes a ser cancelado.

Em seguida, exigem pagamentos que variam entre R$ 200 e R$ 400, com a falsa promessa de que a quantia liberará o pagamento ou regularizará o cadastro. Para convencer a vítima, solicitam ainda dados pessoais como CPF, nome completo, endereço e informações bancárias para aplicar mais golpes.

A atuação dos golpistas se destaca pela sofisticação e pelo uso de estratégias de persuasão emocional. Muitos beneficiários, ao ouvirem que perderão o único meio de renda, sentem-se pressionados e acabam realizando os pagamentos solicitados.

No entanto, é importante reforçar que o INSS não cobra nenhuma taxa para concessão de benefícios e não realiza contatos ativos por canais como WhatsApp. Todo atendimento ocorre apenas por meio do portal Meu INSS ou pelo número 135, que são os únicos canais oficiais de atendimento e informação.

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Como se proteger contra o golpe do INSS?

Diante do avanço dessa prática criminosa, o INSS orienta que os beneficiários do BPC adotem medidas de proteção simples, mas eficazes. A primeira é nunca repassar informações pessoais, documentos, senhas ou dados bancários por telefone ou mensagens.

Mesmo que o contato pareça oficial, com linguagem técnica ou uso de logotipos, é necessário desconfiar sempre que houver solicitação de pagamentos, promessas de agilização do benefício ou ameaças de bloqueio, dependendo da vulnerabilidade do segurado.

Também é fundamental utilizar apenas canais oficiais do INSS. As informações sobre o status do benefício, extratos, agendamentos e atualizações cadastrais podem ser acessadas com segurança pelo portal Meu INSS ou pelo telefone 135.

O que fazer se for vítima?

Caso o cidadão perceba que caiu em um golpe, é essencial agir rapidamente para minimizar os danos. O primeiro passo é registrar a ocorrência em uma delegacia, preferencialmente apresentando os dados da tentativa ou do golpe sofrido.

Em seguida, é necessário comunicar o INSS pelos canais oficiais, solicitando bloqueio de empréstimos suspeitos e revisão do cadastro. Também é recomendável monitorar com frequência o extrato de pagamento e movimentações bancárias.

Além disso, o beneficiário pode formalizar reclamações na plataforma gov.br/consumidor, onde é possível acionar instituições financeiras que tenham descontado valores indevidamente. Em casos mais graves, pode-se recorrer ao Procon, à Defensoria Pública ou ingressar com ação judicial para recuperar valores.

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Há investigações sendo feitas em relação ao golpe do INSS?

Sim, as autoridades já investigam os grupos criminosos responsáveis pelo golpe do INSS em diferentes estados. A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União, conduz operações que visam desarticular essas organizações.

Relatórios recentes mostram que os esquemas envolvem não apenas estelionatários comuns, mas também advogados e até policiais aposentados, que utilizam seus conhecimentos técnicos e acesso privilegiado para aplicar as fraudes.

Um exemplo recente vem de Roraima, onde golpistas passaram a usar perfis falsos para fraudar benefícios, incluindo a concessão indevida do BPC a estrangeiros residentes fora do país, como cidadãos venezuelanos, por exemplo.

Documentos falsificados e cadastros fraudulentos permitiram a movimentação de valores expressivos, comprometendo os cofres públicos e prejudicando os verdadeiros beneficiários. Com isso, o governo federal intensificou a vigilância nas concessões do BPC e adotou medidas para aprimorar a segurança.

Entre essas medidas, destacam-se o uso de biometria facial, a integração de sistemas de verificação de identidade e a exigência de atualização periódica do Cadastro Único. O INSS também ampliou campanhas de conscientização, alertando a população sobre como identificar e evitar fraudes.

Apesar dos avanços, as investigações continuam, com o objetivo de punir os responsáveis e proteger a integridade do benefício. Para isso, a colaboração dos cidadãos é fundamental, seja ao denunciar tentativas de golpe ou ao manter seus dados sempre protegidos e atualizados.

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